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    Morre aos 60 anos o ex-presidente da Argentina N�stor Kirchner

    DAS AG�NCIAS DE NOT�CIAS

    27/10/2010 11h27

    O ex-presidente da Argentina N�stor Kirchner (2003-2007) morreu na manh� desta quarta-feira aos 60 anos, depois de ser internado com urg�ncia por problemas card�acos em um hospital de El Calafate, na Prov�ncia de Santa Cruz.

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    De acordo com o jornal argentino "Clar�n", Kirchner foi internado pela manh� no hospital Jos� Formenti, acompanhado da mulher, a atual presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e morreu pouco antes das 10h (11h no hor�rio de Bras�lia).

    N�stor governou a Argentina de 2003 a 2007 e exercia tr�s cargos simultaneamente. Al�m do posto como secret�rio-geral da Unasul (Uni�o das Na��es Sul-Americanas), era deputado federal e dirigia o PJ (Partido Justicialista).

    Segundo a imprensa local, Kirchner sofreu uma parada cardiorrespirat�ria com morte s�bita. A TV estatal j� confirmou a informa��o.

    O ex-presidente e sua mulher estavam desde o �ltimo final de semana em sua casa em El Calafate, na regi�o da Patag�nia.

    CIRURGIAS

    Ainda em setembro deste ano, N�stor Kirchner passou por uma angioplastia nas art�rias coron�rias.

    Leo La Valle - 14.mai.2009/Efe
    O ex-presidente da Argentina N�stor Kirchner, que morreu nesta quarta-feira em El Calafate, em foto de maio do e 2009
    O ex-presidente da Argentina N�stor Kirchner, que morreu nesta quarta-feira em El Calafate, em foto de maio do e 2009

    Durante a cirurgia, os m�dicos implantaram um stent [pequena pr�tese em formato de mola] para impedir o fechamento de uma art�ria coron�ria que se encontrava obstru�da.
    Em fevereiro, N�stor j� havia sido submetido a um cateterismo ap�s um problema na art�ria car�tida direita.

    N�stor era considerado o pol�tico mais poderoso do pa�s, com grande poder de influ�ncia no governo de sua mulher, e era tamb�m um dos principais pr�-candidatos � Presid�ncia para as elei��es de outubro de 2011.

    Em fevereiro, foi submetido com urg�ncia a uma cirurgia de alta complexidade devido � obstru��o da art�ria car�tida, no hospital de Los Arcos.

    Nos �ltimos meses, o ex-presidente aparentava estar mais gordo e falava com maior lentid�o em discursos p�blicos.

    Ele sofreu diversos problemas de sa�de nos �ltimos anos. Em 2004, quando ainda estava no poder, teve uma disfun��o g�strica devido a uma irrita��o intestinal, e em 2006 sofreu um desmaio tamb�m na cidade de El Calafate, onde morreu nesta quarta-feira.

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    REPERCUSS�O NA ARGENTINA

    O vice-presidente da Argentina e advers�rio pol�tico da presidente Cristina Kirchner, Julio Cobos, manifestou seu pesar pela morte do ex-mandat�rio.

    "Este homem impactou a vida pol�tica argentina. Esperamos que superemos esta situa��o da melhor maneira", afirmou Cobos, que tamb�m � titular do Senado, em entrevista ao canal de televis�o TN.

    Ele disse que "seguramente" o enterro ocorrer� no Congresso. "Meus colaboradores est�o tentando se comunicar com o pessoal do Executivo neste momento t�o complicado", informou o vice-presidente.

    Cobos foi expulso do partido Uni�o C�vica Radical (UCR) quando decidiu fazer parte da chapa de Cristina, em 2007. Por�m, um ano depois, ele se tornou um dos principais opositores do governo ao votar contra um projeto de lei que aumentaria impostos ao setor agropecu�rio.

    A l�der do movimento Av�s da Pra�a de Maio, Estela de Carlotto, disse que Kirchner "deu sua vida pelo pa�s". "Nosso pa�s necessitava tanto desse homem. Ele era indispens�vel", afirmou � r�dio Continental.

    Eric Calcagno, senador pela Prov�ncia de Buenos Aires, afirmou em seu Twitter (@EricCalcagno): "Consternado pela not�cia. O pa�s sofre a maior perda desde o in�cio da democracia. N�o tenho palavras".

    VENEZUELA

    O presidente da Venezuela, Hugo Ch�vez, enviou uma mensagem � presidente Cristina Kirchner pelo Twitter: "Ai, minha querida Cristina... Quanta dor! Que grande perda sofre a Argentina e a Nossa Am�rica! Viva Kirchner para sempre!!".

    PERU

    No Peru, o ministro de Rela��es Exteriores, Jos� Antonio Garc�a Bela�nde, expressou solidariedade ao saber do falecimento do atual deputado, que teria padecido de uma "morte s�bita" ap�s uma parada cardiorrespirat�ria.

    "Lamento muito, porque era um presidente muito querido na Argentina e foi uma figura latino-americana como secret�rio-geral da Unasul [Uni�o das Na��es Sul-Americanas, cargo para o qual foi escolhido em maio]", comentou o chanceler.

    CHILE

    No Chile, a C�mara de Deputados iniciou sua sess�o fazendo um minuto de sil�ncio em homenagem a Kirchner. A titular da Casa, Alejandra Sep�lveda, anunciou que viajar� � Argentina para apresentar suas condol�ncias pessoalmente, enquanto a senadora socialista Isabel Allende se mostrou "consternada".

    "Quero mandar um grande abra�o � presidente Cristina [esposa de Kirchner] nos dif�ceis momentos que est� vivendo hoje. Envio todo meu carinho e afeto e estou de verdade muito consternada, � algo totalmente inesperado", assinalou.

    REINO UNIDO

    J� o governo do Reino Unido --com quem a Argentina mant�m h� d�cadas uma situa��o delicada por reivindicar a posse das ilhas Malvinas, territ�rio brit�nico no Atl�ntico Sul-- expressou "surpresa" com o falecimento do ex-presidente.

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