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    Pal�cio Capanema, um marco est�tico mundial

    EUCANA� FERRAZ
    ESPECIAL PARA A FOLHA

    28/04/2013 02h04

    RESUMO Projeto de Lucio Costa, Niemeyer, Reidy e Burle Marx, com base em ideias de Le Corbusier, o Pal�cio Capanema, no Rio, inaugurou modernismo arquitet�nico no pa�s e propiciou not�vel cruzamento entre arquitetura, artes e literatura. Livro de Roberto Segre conta hist�ria do edif�cio, que aguarda conclus�o de restauro.

    *

    Depois de passar por Buenos Aires, Montevid�u e Assun��o, em 1929, Le Corbusier (1887-1965) chegou ao Brasil para realizar uma s�rie de confer�ncias em S�o Paulo e no Rio de Janeiro.

    M�rio de Andrade registrou o fato em cr�nica no "Di�rio Nacional", de 21 de novembro de 1929, deplorando que tiv�ssemos encomendado ao arquiteto "palavras" e n�o "obras", observando ainda que faltava � arquitetura moderna um grande edif�cio --com exce��o da "t�o ignorada Bauhaus, de Gropius"-- que a tornasse definitiva "na consci�ncia social".1

    M�rio de Andrade estava certo. Mas sua conclus�o imediata --"n�o ser� a velha Am�rica do Sul que tome uma iniciativa dessas"-- seria surpreendentemente desmentida pela constru��o do Minist�rio da Educa��o e Sa�de, no Rio de Janeiro, marco mundial da est�tica de Le Corbusier e da arquitetura racionalista.

    O engano de M�rio � explic�vel: ele n�o poderia antever as mudan�as pol�tico-econ�micas e socioculturais que viriam com a Revolu��o de 1930, o que tornaria poss�vel o retorno de Le Corbusier, seis anos depois, para trabalhar exatamente no projeto do edif�cio que faltava � arquitetura moderna.

    GET�LIO

    As v�rias medidas modernizadoras do governo de Get�lio Vargas abrangeriam tanto a cria��o de novos minist�rios quanto a elabora��o de s�mbolos capazes de represent�-los. O recurso � edifica��o como monumento seguiria uma tradi��o que se confunde com a pr�pria hist�ria da arquitetura.

    Assim, em julho de 1935, por iniciativa de Gustavo Capanema, ministro da Educa��o e Sa�de P�blica, o governo federal promoveu um concurso de anteprojetos para a constru��o do edif�cio-sede da pasta. Do total de 34 inscritos, somente tr�s arquitetos, de linhagem academicista, foram classificados.

    Carla Caff�
    Desenho de Carla Caff� para a edi��o de 28 de abril da "Ilustr�ssima"
    Desenho de Carla Caff� para a edi��o de 28 de abril da "Ilustr�ssima"

    O trabalho vencedor era decididamente acad�mico. Seu autor, Arquimedes Mem�ria, era um arquiteto de grande prest�gio, que projetara edif�cios importantes, como o Museu Hist�rico Nacional, em 1922, em estilo neocolonial, t�o em voga naquele momento. Agora, para a sede do minist�rio de Capanema, seguira um nova inspira��o nacionalista, mais "moderna", em que a monumentalidade complementava-se com uma estiliza��o de gosto marajoara.

    Capanema, entretanto, desejava outra imagem para seu minist�rio. Assim, valendo-se de um dispositivo previsto no edital do concurso, decidiu desconsiderar o resultado e n�o levou a cabo a proposta vencedora. Para realizar um novo projeto, convidou, em mar�o de 1936, Lucio Costa, nome ligado � arquitetura e � arte modernas. Ironicamente, fora Arquimedes Mem�ria que, unido a outros professores tradicionalistas, conseguira sua expuls�o do cargo de diretor da Escola Nacional de Belas Artes em 1931, interrompendo seu processo de moderniza��o.

    Foi justo ap�s essa malograda iniciativa que Lucio Costa passou a se dedicar, com amigos, ao estudo intensivo da arquitetura moderna, destacando-se --entre trabalhos de mestres como Gropius e Mies van der Rohe-- a doutrina e a obra de Le Corbusier. Estas eram apreciadas minuciosa e apaixonadamente, "encaradas j� ent�o, n�o mais como um exemplo entre outros, mas como o Livro Sagrado da Arquitetura".2

    Costa formou uma comiss�o que contava, inicialmente, com outros dois profissionais que, como ele, haviam sido preteridos no concurso: Carlos Le�o e Affonso Eduardo Reidy. Aos poucos, juntaram-se a eles Jorge Machado Moreira, Ernani Vasconcelos e Oscar Niemeyer, este �ltimo apenas um jovem com grande talento para o desenho. Ap�s um projeto considerado por todos insatisfat�rio, decidiram, considerando a import�ncia da obra, trazer Le Corbusier de volta ao Rio, agora como arquiteto consultor.

    � compreens�vel que, alguns anos antes, a ambi��o cultural de M�rio de Andrade desejasse "obras" e n�o "palavras", mas tamb�m � certo que a prega��o corbusiana era sempre impactante. Express�es como "m�quina de morar", criada para definir o modelo desej�vel para a habita��o moderna, circulavam com esc�ndalo pelo mundo e geravam grande interesse. Al�m de arquiteto e pintor, Le Corbusier era te�rico, cr�tico, e suas palavras eram mais conhecidas que seus projetos e edif�cios.

    Sua "a��o" compunha-se, portanto, de "uma soma de palavras, desenhos, ideias, edif�cios, pinturas, guarda-roupa --os �culos, a gravata--, atitudes, frases, gestos, num exemplo acabado do mais intr�pido esp�rito vanguardista".4

    A carta-convite enviada por Lucio Costa a Le Corbusier deixa ver o impacto da palavra corbusiana: "Durante sua visita ao Rio, em 1929, fui ouvir sua confer�ncia: ela estava na metade, a sala cheia --cinco minutos mais tarde eu sa�a escandalizado, sinceramente convencido de ter conhecido um 'cabotino'".

    Logo adiante, Costa fala brevemente de sua ida para a Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) e emenda: "Nesse meio-tempo, entretanto, uma mudan�a profunda se produzira --de 'tradicionalista' que eu era, no sentido equ�voco da palavra, havia podido pouco a pouco vencer a repugn�ncia que seus livros me inspiravam e de repente, como uma revela��o, toda a comovente beleza de seu esp�rito me ofuscou. Em 'estado de gra�a' e com a f� intransigente dos rec�m-convertidos, procurei 'salvar' os jovens da Escola! Nove meses mais tarde --o que � bastante normal, pois se tratava de uma expuls�o-- p�em-me na rua, cobrindo-me de palavras grosseiras."

    Agora, mais que reformar o ensino na ENBA, Lucio Costa iria comandar a moderniza��o da arquitetura brasileira.

    BEIRA-MAR

    Convite aceito, Le Corbusier desembarcou no Rio de Janeiro em 12 de julho de 1936.

    Prop�s, de imediato, que trocassem a �rea destinada � constru��o --na esplanada do Castelo-- por outro, � beira-mar, na antiga praia de Santa Luzia. 3 Em seguida, tomando por base o programa adotado pela equipe brasileira, mas rejeitando a dura volumetria sim�trica da composi��o inicial, desenhou, para o novo terreno, um edif�cio predominantemente horizontal, com uma s� l�mina sobre pilotis (colunas que formam um pavimento livre de paredes).

    Marcel Gautherot/Acervo IMS
    Foto do Pal�cio Capanema, no Rio, de Marcel Gautherot
    Foto do Pal�cio Capanema, no Rio, de Marcel Gautherot

    Como n�o p�de ser levada a cabo a mudan�a sugerida, Le Corbusier elaborou um segundo estudo, destinado � quadra que lhe fora proposta de in�cio, no Castelo. Partindo do Rio em 14 de agosto, deixou o "risco original", a partir do qual a equipe conceberia e desenvolveria o projeto definitivo.

    Se o projeto final seguiu, de fato, os princ�pios norteadores da proposta do mestre franco-su��o, tamb�m apresentava consider�veis modifica��es de partido, funcionamento e concep��o pl�stica. A principal mudan�a foi a ado��o da verticalidade no bloco principal, deslocado agora para um ponto mais central do terreno. Com isso, e a ado��o dos pilotis --que passaram de quatro a dez metros de altura--, ganhou-se uma vasta esplanada e continuidade entre os lados do edif�cio.

    Numa das fachadas, recorreu-se aos "brise-soleil", solu��o criada por Le Corbusier poucos anos antes, mas, em vez de fixos, tornaram-se m�veis, com o que se podia sujeitar a luz solar. Criou-se uma entrada lateral, destitu�da de qualquer �nfase, mantendo-se, apesar disso, a monumentalidade necess�ria. O que ressalta, no conjunto, � a leveza, a sintaxe harmoniosa dos volumes limpos e puros.

    Do ponto de vista da cr�tica de arquitetura, uma das melhores abordagens do edif�cio coube a Yves Bruand, em seu conhecido "Arquitetura Contempor�nea no Brasil" (1973, publicado no Brasil desde 1981, pela editora Perspectiva). O autor julga, com absoluta clareza, que as mudan�as efetuadas pela equipe brasileira, sem deixarem de ter por base o plano de Le Corbusier, criaram um projeto inteiramente novo.

    Al�m do corte com a est�tica dos pr�dios institucionais, graves e pesados, o interior tamb�m guardava uma s�rie de novidades, como as divis�rias m�veis e baixas, a ilumina��o natural e o mobili�rio moderno, desenhado especialmente para o local. A vis�o do edif�cio surgindo livre no p�tio, o passeio dilatado sob os pilotis, o trabalho em ambientes arejados, t�o simples quanto elegante, cada detalhe institu�a uma mudan�a de h�bitos mentais e f�sicos, instigados pela imagina��o e pela beleza.

    � o que transparece, por exemplo, em uma p�gina do di�rio do chefe de gabinete do ministro Capanema --Carlos Drummond de Andrade--, que assim descreveu sua chegada ao novo escrit�rio:

    "1944. Abril, 22 -- [...] Dias de adapta��o � luz intensa, natural, que substitui as l�mpadas acesas durante o dia; �s divis�es baixas de madeira, em lugar de paredes; aos m�veis padronizados (antes, obedeciam � fantasia dos diretores ou ao acaso dos fornecimentos). Novos h�bitos s�o ensaiados. Da falta de conforto durante anos devemos passar a condi��es ideais de trabalho. [O poeta] Abgar Renault resmunga discretamente: 'Prefiro o antigo"�' ["�]

    "Das amplas vidra�as do 10� andar descortina-se a ba�a vencendo a massa cinzenta dos edif�cios. L� embaixo, no jardim suspenso do Minist�rio, a est�tua de mulher nua de Celso Ant�nio, reclinada, conserva entre o ventre e as coxas um pouco da �gua da �ltima chuva, que os passarinhos v�m beber, e � uma gra�a a convers�o do sexo de granito em fonte natural. Utilidade imprevista das obras de arte." 5

    Mas seria outro o poeta que dedicaria ao MES um poema-homenagem. Vinicius de Moraes, em "Azul e branco" --publicado no jornal carioca "A Manh�", em 6 de dezembro de 19426--, buscou mais que descrever o edif�cio, antes buscando para a escrita as qualidades sint�ticas da constru��o, interpretadas como alian�a entre visualidade e musicalidade:

    Massas geom�tricas
    Em pautas de m�sica
    Pl�stica e sil�ncio
    Do espa�o criado.

    Al�m de o edif�cio --seus volumes limpos e a clara articula��o de seus corpos transversos-- ressurgir no poema como uma arquitetura musical, outro aspecto, t�o marcante quanto sutil, ganha destaque ali, e que poder�amos livremente chamar de plasticidade aqu�tica. Ou, ainda, penso que podemos surpreender no edif�cio uma esp�cie de car�ter solar e salino.

    A ambi�ncia urbana criada pelo edif�cio, seu p�tio, suas ilhas verdes --projetadas por Burle Marx-- com coqueiros e outras esp�cies tropicais, seus pilotis, a transpar�ncia dos vidros, a r�tmica dos brises, enfim, sua leveza e simplicidade, tudo empresta ao caos urbano uma atmosfera decididamente marinha (o mar podia ser visto de suas janelas antes do adensamento do entorno). Voltemos ao poema:

    Concha e cavalo-marinho:
    Os �geis sinuosos
    Que o raio de luz
    Cortando transforma
    Em claves de sol
    E o amor do infinito
    Retifica em hastes
    Antenas paralelas
    Prop�cias � eterna
    Incurs�o da m�sica.

    O verso que abre a estrofe recupera uma presen�a decisiva para o plasticidade aqu�tica do pr�dio: os tr�s pain�is de azulejos desenhados por Candido Portinari para o t�rreo. Retornando � azulejaria tradicional, em que sobressaem as composi��es em azul e branco, o pintor realizou um de seus mais belos trabalhos, em que vemos formas ameboides, peixes, estrelas-do-mar, conchas, sereias, cavalos-marinhos e corpos abstratos que sugerem nuvens e algas ou uma lua em quarto crescente.

    O rigor construtivo de Vinicius para recriar o edif�cio no poema pode ser medido na carta que enviou a Manuel Bandeira, de Los Angeles, em 14 de junho de 1949. Ele pede ao amigo:

    "No poema 'Azul e Branco', reconta por favor o n�mero de andares do Minist�rio, correspondentes aos versos 'Azul e Branco'. As linhas iniciais da 3� parte: 'Azul... Azul...' correspondem aos reservat�rios no topo. Em seguida v�m os andares, se n�o me engano 14."6

    A passagem referida por Vinicius � a seguinte:

    Azul... Azul...

    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco
    Azul e Branco

    Concha...
    e cavalo-marinho.

    Nos versos, a domin�ncia das cores dos azulejos reflete perfeitamente o cromatismo do p�tio; repeti��o e sobreposi��o sugerem visualmente a verticalidade do edif�cio e, por fim, a economia restritiva de todo o arranjo recupera a linguagem dos pain�is, nos quais a tend�ncia sinf�nica de Portinari recua � m�sica de c�mara.

    Mas n�o s�o apenas as cores e a tem�tica que fazem dos azulejos elementos decisivos para o que chamei de plasticidade aqu�tica. H�, na textura e no brilho, uma qualidade que remete aos corais, �s algas, �s conchas, � cintila��o das escamas dos peixes, ao reflexo do sol nas �guas. Os pain�is como que umedecem as pedras do p�tio varrido pelo vento.

    CONSTRU��O

    A hist�ria da constru��o do edif�cio-sede do Minist�rio da Educa��o e Sa�de --que passou a se chamar Pal�cio Gustavo Capanema-- � bastante conhecida. Pelo seu valor hist�rico e art�stico e por ser um marco divis�rio na hist�ria da arquitetura no Brasil, a obra tornou-se uma refer�ncia inevit�vel. Curiosamente, no entanto, a import�ncia do pr�dio acabou por empurr�-lo para uma esp�cie de regi�o ideal em que objetos sublimes descansam intocados.

    Tenhamos em vista a excepcionalidade da obra e estranharemos de imediato que apenas um livro, "Colunas da Educa��o" (Minc/Iphan; FGV/CPDOC, 1996) --hoje uma raridade bibliogr�fica--, organizado por Maur�cio Lissovsky e Paulo S�rgio Moraes de S�, tenha se dedicado integralmente a ele. Transcreve-se ali um impressionante n�mero de documentos de natureza v�ria, que, encadeados cronologicamente, remontam a g�nese e o processo de constru��o do edif�cio, que duraria at� 1945.

    Vale observar que seu texto de abertura --"O novo em constru��o: o edif�cio-sede do Minist�rio da Educa��o e Sa�de e a disputa do espa�o arquitetur�vel no anos 30"-- foi publicado pela primeira vez em 1986, numa revista da Universidade Federal Fluminense ("Revista do Rio de Janeiro", n� 3), tornando-se de imediato a leitura mais completa das rela��es entre pol�tica e est�tica em torno do MES.

    Mas se o volume deixara abertos terrenos generosos para interpreta��es, estas nunca vieram � luz na forma de um livro sen�o agora, quando se publica "Minist�rio da Educa��o e Sa�de: �cone Urbano da Modernidade Carioca" [Romano Guerra Editora, 544 p�gs., R$ 160],de Roberto Segre.

    Marcel Gautherot/Acervo IMS
    Foto do Pal�cio Capanema, no Rio, de Marcel Gautherot
    Foto do Pal�cio Capanema, no Rio, de Marcel Gautherot

    O autor esquadrinha as condi��es hist�ricas, culturais e pol�ticas que tornaram poss�vel uma obra t�o excepcional e faz uma densa aprecia��o cr�tica propriamente arquitet�nica, sem esquecer, nesta, sua dimens�o est�tica e simb�lica. A densidade e a abrang�ncia do livro de Segre s� poderiam ser poss�veis porque nasceram de uma "paix�o", segundo o pr�prio autor, cuja origem remonta a pelo menos 50 anos atr�s.

    Foi na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Buenos Aires que o jovem milan�s --viera para a Argentina com a fam�lia em 1939, fugindo do fascismo e do antissemitismo de Mussolini-- descobriu a obra de Le Corbusier. Na "Oeuvre Compl�te", impressionou-se com o pr�dio do MES, apresentado ali como um projeto do autor da Villa Savoye, apenas com a colabora��o da equipe brasileira.

    Em 1963, numa viagem de um m�s pelo Brasil, Segre tomou contato, em S�o Paulo, com as obras de Vilanova Artigas, Lina Bo Bardi e Paulo Mendes da Rocha, e, no Rio, visitou Oscar Niemeyer na Casa das Canoas. Foi quando esteve no MES --"totalmente inesquec�vel j� na primeira experi�ncia direta", como recorda Segre no texto que abre seu livro.

    O volume deixa ver o esfor�o de uma vida inteira. E, lamentavelmente, tal afirma��o � tamb�m literal, j� que Segre morreu em 10 de mar�o, semanas antes de ver seu livro publicado, v�tima de atropelamento em Niter�i (RJ), condenado, portanto, pela estupidez urbana que os arquitetos --mas tamb�m os artistas, pensadores e intelectuais que reconhecem o destino urban�stico de toda a��o empreendida nas cidades-- aspiram poder controlar com suas obras.

    O edif�cio-sede do Minist�rio da Educa��o e Sa�de � um dos nossos mais belos e poderosos sonhos.

    Notas
    1. "T�xi e Cr�nicas no Di�rio Nacional", org. Tel� Porto Ancona Lopez. Duas Cidades/SCCT, 1976, pp. 161-162.
    2. Lucio Costa, "Sobre Arquitetura", 1� vol. Centro dos Estudantes Universit�rios de Arquitetura, 1962, p. 192-193.
    3. A �rea originara-se do aterro de parte da ba�a com o entulho do desmonte do Morro de Santo Ant�nio. D�cadas mais tarde, pr�ximo dali, seria constru�do o Museu de Arte Moderna (1954-1967), projeto de Affonso Eduardo Reidy.
    4. Eucana� Ferraz, "Le Corbusier: Palavras, Obras --- A��o!", in "Nenhum Brasil Existe" (Topbooks, 2003, org. Jo�o Cezar de Castro Rocha).
    5. Carlos Drummond de Andrade, "O Observador no Escrit�rio: P�ginas de Di�rio" (Record, 1985), p. 13.
    6. O poema foi recolhido em 1946 no livro "Poemas, Sonetos e Baladas".
    7. Carta in�dita, depositada no Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Funda��o Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro.

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