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    An�lise: Sensacionalismo da TV tem hoje a sua concorr�ncia maior na web

    NELSON DE S�
    DE S�O PAULO

    17/06/2013 03h08

    Na �ltima sexta, depois de um dia inteiro de v�deos e relatos que expuseram a viol�ncia da Tropa de Choque, na internet, Jos� Luiz Datena e Marcelo Rezende surgiram inconsol�veis, na TV aberta.

    Esfor�aram-se em repetir a defesa costumeira da PM, falando dos baixos sal�rios, mas sem convic��o.

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    Estavam acuados sobretudo pelas evid�ncias on-line, que at� citaram aqui e ali, mas tamb�m por que a PM havia atacado, al�m dos manifestantes, jornalistas.

    No dia anterior, ao vivo, Rezende j� havia tomado a defesa da classe no "Cidade Alerta". "Para que isso nos fot�grafos? Eu duvido que o governador h� de concordar com essa atitude exagerada."

    Datena s� foi entrar no assunto no "Brasil Urgente" de sexta. "Era necess�rio meter bala na cara de quem n�o era baderneiro?", perguntava. "Pode ser jornalista."

    Juntos, os dois somam tr�s d�cadas como animadores de programas policialescos. Carregam gl�rias como a narra��o de um suic�dio e a entrevista exclusiva e dramatizada com um "serial killer".

    Est�o acostumados a imagens de viol�ncia extrema, mas n�o da pol�cia, da qual ambos dependem para preencher suas muitas horas di�rias de programa��o.

    Os v�deos que mais marcaram a cobertura da manifesta��o de quinta-feira n�o surgiram nem no "Cidade Alerta" nem no "Brasil Urgente", mas no YouTube.

    Um deles, do Portal do PSTU, mostra a Tropa de Choque no meio da rua da Consola��o, cruzamento com Maria Ant�nia, atirando para todo lado, a come�ar por fot�grafos e cinegrafistas.

    Outro v�deo, de autenticidade discut�vel, mas repercuss�o ainda maior, flagra um PM quebrando a janela de sua viatura, supostamente para simular um ato de vandalismo dos manifestantes.

    Imagens assim corroem, aos poucos, a rotina cansada do sensacionalismo.

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