O Brasil deve superar o Reino Unido e se tornar a sexta maior economia do mundo ao fim de 2011, segundo proje��es do CEBR (sigla em ingl�s para Centro de Pesquisa Econ�mica e de Neg�cios).
Segundo a consultoria brit�nica especializada em an�lises econ�micas, a queda do Reino Unido no ranking das maiores economias continuar� nos pr�ximos anos, com R�ssia e �ndia empurrando o pa�s para a oitava posi��o.
O executivo-chefe da CEBR, Douglas McWilliams, disse, em entrevista � BBC, que esta mudan�a de posi��es entre Brasil e Reino Unidofaz parte de uma tend�ncia mundial.
"Eu acho que isto � parte da grande mudan�a econ�mica, onde n�o apenas estamos vendo uma mudan�a do Ocidente para o Oriente, mas tamb�m estamos vendo que pa�ses que produzem commodities vitais --comida e energia, por exemplo-- est�o se dando muito bem, e est�o gradualmente subindo na 'tabela do campeonato econ�mico'", afirmou.
A entidade prev� ainda que a economia brit�nica vai superar a francesa at� 2016.
Al�m disso, o estudo aponta que a economia da zona do euro encolher� 0,6% em 2012, "se o problema do euro for resolvido", ou 2%, caso a crise financeira que assola os pa�ses que adotam a moeda n�o encontre solu��o.
REPERCUSS�O NA M�DIA
O estudo repercutiu na m�dia brit�nica. O jornal "The Guardian" atribui a perda de posi��o � crise banc�ria de 2008 e � crise econ�mica que persiste em contraste com o boom vivido no Brasil na rabeira das exporta��es para a China.
O "Daily Mail", outro jornal que destaca o assunto nesta segunda-feira, diz que o Reino Unido foi "deposto" pelo Brasil de seu lugar de sexta maior economia do mundo, atr�s dos Estados Unidos, da China, do Jap�o, da Alemanha e da Fran�a.
Segundo o tabloide brit�nico, o Brasil, cuja imagem est� mais frequentemente associada ao "futebol e �s favelas sujas e pobres, est� se tornando rapidamente uma das locomotivas da economia global" com seus vastos estoques de recursos naturais e classe m�dia em ascens�o.
Um artigo que acompanha a reportagem do "Daily Mail", ilustrado com a foto de uma mulher fantasiada sambando no Carnaval, lembra que o Imp�rio Brit�nico esteve por tr�s da constru��o de boa parte da infraestrutura da Am�rica Latina e que, em vez de ver o decl�nio em rela��o ao Brasil como um baque ao prest�gio brit�nico, a mudan�a deve ser vista como uma oportunidade de restabelecer la�os hist�ricos.
"O Brasil n�o deve ser considerado um competidor por hegemonia global, mas um vasto mercado para ser explorado", conclui o artigo intitulado "Esque�a a Uni�o Europeia... aqui � onde o futuro realmente est�".
A perda da posi��o para o Brasil � relativizada pelo "Guardian", que menciona uma outra mudan�a no sobe-e-desce do ranking que pode servir de consolo aos brit�nicos.
"A �nica compensa��o (...) � que a Fran�a vai cair em velocidade maior". De acordo com o jornal, o presidente franc�s, Nicolas Sarkozy, ainda se gaba da quinta posi��o da economia francesa, mas, at� 2020, ela deve cair para a nona posi��o, atr�s do tradicional rival Reino Unido.
O enfoque na rivalidade com a Fran�a, por exemplo, foi a escolha da reportagem do site "This is Money" com o t�tulo: "Economia brit�nica deve superar francesa em cinco anos".