Paulo Andr� critica clubes e CBF por mudan�a em projeto; veja v�deo
Um dos principais l�deres do Bom Senso FC, Paulo Andr� retornou ao Brasil para passar f�rias ap�s quase dez meses na China, onde joga pelo Shanghai Shenhua.
O jogador de 31 anos dedicou seu primeiro dia para se inteirar da agenda do Bom Senso FC e planeja viajar a Bras�lia j� nesta semana para defender a proposta original da Lei da Responsabilidade Fiscal no Esporte, e n�o o projeto modificado e enviado pela CBF ao Minist�rio do Esporte na �ltima semana.
� Folha, Paulo Andr� criticou as altera��es feitas no projeto pela CBF, com aval dos clubes, ap�s os cartolas e o grupo formado por jogadores e ex-atletas terem se reunido algumas vezes e encontrado um denominador comum para o projeto de lei.
O texto tem como proposta o refinanciamento das d�vidas dos clubes por um prazo de at� 25 anos desde que eles se aceitem par�metros de gest�o financeira e responsabilidade fiscal.
Entre as mudan�as mais sentidas, est� a altera��o no in�cio da aplica��o das penas para os clubes que n�o cumprirem o que est� acordado. O Bom Senso defende que elas passem a valer assim que a lei for aprovada. Os clubes e a CBF mudaram para 2019.
O Bom Senso tamb�m defende que os clubes destinem no m�ximo 70% de suas receitas para o futebol.
Apu Gomes/Folhapress | ||
De volta da China, Paulo Andr� fala sobre Lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte |
"H� um jogo pol�tico. A partir do momento que os clubes se sentem fortalecidos em Bras�lia, eles v�o tentar aprovar o projeto da maneira que for mais interessante para eles. N�o vai resolver os problemas das finan�as dos clubes e do futebol brasileiro", diz Paulo Andr�.
"O momento pol�tico em Bras�lia � delicado. Talvez por isso os clubes e a CBF estejam tentando se aproveitar dessa fase para empurrar o projeto deles goela abaixo", diz.
OUTRO LADO
O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, representante da CBF nas reuni�es com o Bom Senso, minimizou as mudan�as no projeto de lei.
Disse que j� estava definido que a CBF, como respons�vel pelo futebol nacional, finalizaria a proposta.
"Alguns itens teriam de ser discutidos com a CBF. A comiss�o formada nas reuni�es representou os clubes, mas � a CBF que tem de aprovar as mudan�as. Quem vai pagar a conta depois � a CBF", disse Andrade, por telefone.
"A rela��o com o Bom Senso n�o ficou estremecida. Ela � boa e o di�logo � aberto. Mas eles precisam entender que s� existe consenso quando todas as partes cedem".
O relator do projeto, deputado Ot�vio Leite (PSDB-RJ), afirmou n�o ver dificuldades para a aprova��o do projeto e a inclus�o de mudan�as caso o governo federal queira faz�-las. Segundo ele, apesar de o projeto j� estar pronto para ser votado em plen�rio, as altera��es ainda podem ser acrescentadas.
MUDAN�AS NO FUTEBOL
O QUE O BOM SENSO FC DEFENDE NO PROJETO
1. Aplica��o das penas aos clubes que n�o cumprirem a lei assim que ele for assinada e entrar em vigor
2. Teto de gastos do futebol. O departamento de futebol deve receber no m�ximo 70% das receitas do clube
3. Forma��o de comit� respons�vel pela fiscaliza��o dos gastos e das d�vidas do clube, com participa��o de executivos e ex-jogadores
O QUE A CBF E OS CLUBES APRESENTARAM
1. Aplica��o das penas aos clubes que n�o cumprirem a lei ap�s tr�s anos de sua aprova��o, ou seja, 2019
2. Liberdade para os clubes definirem o valor que deve ser destinado ao departamento de futebol profissional
3. Forma��o de um conselho com sete ou oito membros, com autonomia da CBF e sem a presen�a de executivos ou ex-jogadores no grupo
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