Érico Brás fala sobre escalação para 'Mar do Sertão'

 

 

Érico Brás apresentará o "Especial Ivete 50 anos", em Juazeiro, na Bahia, na noite desta sexta (27). Além da baianidade, ele tem outro ponto em comum com a cantora: o amor pela música. O soteropolitano acaba de lançar o álbum "Sincérico Brásileiro":

— Dois fatores foram determinantes para essa escolha: sou apresentador e sou da Bahia. Conheci Ivete como fã de seu trabalho. E lembro de ter sido mestre de cerimônia do Troféu Dodô e Osmar (em 2014), em Salvador. Ela ganhou como melhor cantora. Hoje, quando abrirmos essa comemoração, vamos celebrar essa grande carreira de Ivete Sangalo.

O ator está escalado para "Mar do Sertão", próxima novela das 18h. Ele interpretará o dono de um jornal da fictícia cidade de Canta Pedra:

— A direção está muito antenada; a equipe, conectada. A gente tem uma quantidade de atores e de técnicos nordestinos, de pessoas que estão fazendo sotaques originais. No elenco, há dezenas de artistas nordestinos. Temos uma grande vitória da diversidade. Creio que a emissora tem entendido que ela é boa para o povo e para os negócios. Se vai ser sucesso, o público é que vai dizer. Estou feliz porque é minha segunda novela. Terei algumas cenas com o Welder Rodrigues, com quem fiz "Zorra". Só de ensaiar, a gente já enlouqueceu (risos). Claro que, com nós dois juntos, o trabalho vai ter comicidade. Vamos deixar na mão do Allan Fiterman (diretor) essa dosagem.

 

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O baiano tem mostrado sua outra faceta como ator nos seus clipes musicais. No YouTube, já constam "São Jorge" e "A dama e o vagabundo". Em breve, o cantor lançará "Capitólio de beleza". A letra da canção foi escrita num momento de reflexão após a separação da roteirista Kênia Maria:

— Estava no meu processo de criação e comecei a analisar a vida. Estou solteiro há um ano e fiquei pensando nas relações, em quais as necessidades que a gente tem de encontrar pessoas que fazem bem. Eu fui a uma festa e vi tanta gente bacana, que me tratou bem, que me reconheceu por ser artista, mas também se aproximou para bater papo, para conversar. Era tão bonito, eram encontros tão belos a ponto de serem comparados a capitólios naturais. É uma música poética. Há possibilidade de a gente encontrar beleza nas relações em qualquer lugar, até mesmo numa festa. A vida é um eterno flerte. A gente vive um momento em que deve celebrar. Neste fim de pandemia, eu tenho levado como lema ir além de tudo o que acredito para não ficar no passado. Tenho pensado que não vale a pena a gente estar vivo sem deixar nossa marca na Terra. Não perco tempo com nada. Tudo vale a pena desde que seja bom e contribua para a minha vida e para as das pessoas. Todas as músicas do álbum são voltadas para a vontade de viver.

Questionado sobre o motivo de o casamento ter acontecido no litigioso, o ator comenta:

— Esse é um assunto encerrado. Foi tudo bem, tudo tranquilo.

Solteiro e em contato com diversas expressões artísticas, Érico prefere se voltar ao momento de ebulição criativa:

— Estou fervendo, já compondo outras coisas. A arte é um modo de vida, um orixá que guia a cabeça do artista. Quero logo tirar do papel um livro que está guardado. Estou terminando de escrever e quero lançar. É uma análise de tudo o que passei na vida, falando de construções sociais, do que vi desde criança até virar o homem que sou.