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Mel Lisboa lembra Anita: 'Instigava a sexualidade'

Mel Lisboa na fase atual e, à direita, como a protagonista de 'Presença de Anita' (Foto: Reprodução/Instagram e TV Globo)Mel Lisboa na fase atual e, à direita, como a protagonista de 'Presença de Anita' (Foto: Reprodução/Instagram e TV Globo)

 

Mel Lisboa, que tem quase 20 anos de carreira e se tornou conhecida nacionalmente por protagonizar "Presença de Anita", série da Globo de 2001, opinou sobre o fato de seguidoras mulheres ofenderem outras mulheres nas redes sociais. 

— Você passa a ouvir essas vozes que antes você não tinha como ouvir. Para todo passo à frente vai ter alguém te puxando para trás. Todo movimento progressista afeta muito o status quo, ele afeta muito o sistema operante. Aí, inevitavelmente, vai haver aquele movimento que te puxa para trás. Fala "Não, não, não, não. Vem pra cá". Isso faz parte do ser humano, da sociedade, ao longo de toda a história. Sempre foi assim. E acho que será assim. O que acho importante é que se esses conceitos continuam a ser discutidos, passam a ser questionados, pensa-se: "Existe? É possível? Ou é uma utopia?" Mas aí na não sei o quê você falou uma bobagem (refere-se, provevelmente, à rede social). A gente não nasce construído. A gente está em constante movimento. A gente está em construção e em desconstrução ao mesmo tempo. Sou uma feminista em construção porque, inevitavelmente, em algum momento, vou me deparar com algum pensamento, alguma coisa minha e falar: "Opa!" Mas aí eu detecto: "Olha o machismo estrutural operando na minha cabeça" — disse ela, no podcast Porta Aberta.

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A atriz diz acreditar que o raciocínio de que mulheres que se comportam de maneira mais contundente são mal amadas é machista. Ela aponta, ainda, que crê ser importante o contato com pessoas de diferentes culturas e educações para que haja evolução:

— Eu estou literalmente na minha bolha. Então, muitas vezes vira uma coisa do ponto de vista intelectual (... ) A gente não experiencia, não vai, não conhece.

Mel relembrou como as reações de espectadores e espectadoras de "Presença de Anita", de autoria de Manoel Carlos, chegavam a ela:

— Ela (a personagem Anita) inspirava as mulheres, instigava a sexualidade das pessoas. Vejo relatos, por exemplo, de pessoas com sexualidades diversas. Homens gays que diziam: "Eu assistia Anita e me dava um negócio". Não tinha tanto a questão da sexualidade em si, mas a personagem que desperta a sexualidade dos outros (...) Ela era fascinante porque lidava com muitos tabus de forma natural. 

Mel Lisboa e outras atrizes driblam o algoritmo pela liberdade de mostrar seus corpos:

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