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Nanda Costa fala da reta final de 'Amor de mãe' e de Lahn Lan

Thayná Rodrigues

Nanda Costa interpreta Érica em 'Amor de mãe' (Foto: Reprodução)Nanda Costa interpreta Érica em 'Amor de mãe' (Foto: Reprodução)

 

Os novos tempos na dramaturgia transformaram os atores de novelas em telespectadores de si mesmos e das mudanças nos folhetins. Nanda Costa, que interpreta a Érica em "Amor de mãe", volta e meia se surpreende com as edições pós-gravação ao se assistir na TV. Por conta da pandemia de coronavírus, pela primeira vez uma novela da Globo teve todas as cenas rodadas antes de ir ao ar.

— Foi uma experiência nova. Os capítulos chegaram e a gente já soube de tudo até o fim. É uma nova forma de fazer dramaturgia. E, ao ver na TV, a gente fica impressionado: "Caramba, essa cena foi com acrílico". Aí é que vemos a pós-produção de uma coisa simples. Não senti que isso atrapalhou no sentido de deixar as cenas mais frias por conta da ausência do toque — opina Nanda. 

Apesar das limitações, o desafio foi cumprido após os atores terem recebido 23 capítulos. 

— A segunda fase já era uma reta final. E a gente demorou mais do que o normal para gravar por conta dos protocolos, mas passou bem rápido. E como já aconteceu muita coisa depois que acabamos de gravar, não sei se alguma cena que fiz não entrou. E uma coisa que aconteceu foi que nós não tivemos acesso a todas as cenas para preservar a trama, para que não vazasse nada. Tem muitas surpresas. E isso deixa mais legal de acompanhar. Eu interajo pouco nas redes sociais, só fico de olho porque quero parar para assistir concentrada — explica.

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A atriz conta que nos bastidores se formou uma família:

— Vivi uma coisa que não tinha na vida: ter muitos irmãos. Eu tenho uma, com uma diferença de dez anos, então na novela vi isso de perto: a coisa de dividir as tarefas, um ajudar o outro, todo mundo se ajudar. Foi muito legal estar numa família grande. Os almoços, os cafés... Na segunda fase teve essa parte ruim de a gente não poder comer devido aos protocolos. Mas foi bonito termos concluído esse trabalho mesmo diante de todas as dúvidas. Lembro de quando voltei a gravar e vi o banner da novela: "Tudo é incerto, menos o amor de mãe". E pensei: "Caramba! É o que a gente está vivendo". E a gente conseguiu concluir.

Na trama da segunda temporada, Érica e Davi (Vladimir Brichta) viram despertar uma paixão. A personagem já tinha visto ir por água abaixo dois romances: com Raul (Murilo Benício) e Sandro (Humberto Carrão). Agora, o novo casal deve engrenar, segundo a atriz:

— Ela tem esse espírito da Dona Lurdes (Regina Casé), de não ficar chorando nem remoendo o que não deu certo. Ela não deu sorte nos últimos relacionamentos e ela deu uma sofrida, ficou com o pé atrás, mas ela é coração. Quando a paixão chega, ela se entrega. Ela está se permitindo. É um grande encontro dos dois, um momento importante. Eles estão vendo que são mais parecidos do que parecia.

A falta de sorte de Érica no amor não se repete na vida de Nanda. Há anos ela se relaciona com a percussionista Lahn Lan:

— Érica é mais nova do que eu. Na idade dela, eu também não estava com o dedo muito certo, não (ela brinca com a expressão "dedo podre"). Todo relacionamento faz a gente ir crescendo, aprendendo. Todos os que eu tive me prepararam para este. Os nossos relacionamentos vão nos preparando para os que vêm, entendendo o que funciona. Toda vez que um relacionamento acaba, a gente fica em cacos. Depois fica inteira para viver uma coisa nova. Lan apareceu no momento exato, em que eu estava pronta, inteira. Foi um superencontro. A cada diz que passa a gente tem certeza de que quer ficar junto. 

A atriz de 34 anos conta que, diferentemente do que aconteceu com outros casais, a quarentena fortaleceu sua união:

— A gente já passou por muitas coisas. Depois de uma pandemia, de obra em casa... Tem muito relacionamento que não dá certo depois de obra também (risos). E muita gente enfrentou crise na pandemia. Eu considero que tive muita sorte e desejo a mesma sorte para a Érica.

Numa entrevista recente ao GNT, Nanda Costa confidenciou que na adolescência, primeira vez que viu Lahn Lan, que tocava percussão no show de Cássia Eller, sentiu-se atraída. Na TV, ela divertidamente comentou que confundiu a namorada com um rapaz. Ao site, ela explica:

— Quando eu contei isso para ela na primeira vez, ela riu e disse: "Achou isso nada! Você estava disfarçando!" Brincou. Eu era muito novinha, tinha 14 anos, nem sabia. Eu estava descobrindo o mundo. Aí eu fui a esse show, paguei ingresso caro, estava lá longe... Não dava para ver direito, sabe? Ela tinha o cabelo curtinho, estava de bermudão, de camisa regata. Não dava para saber. O visual era uma coisa meio andrógena. Eu não conseguia parar de olhar para ela no palco. Eu dizia: "Nossa, ele é muito gatinho". E minha amiga: "É a Lahn Lan, é uma mulher". E eu disse: "Meu Deus". Mas não mudou em nada o que eu estava sentindo na hora. Quando falou que era uma menina, eu continuei sentindo a mesma coisa. Demorei muito tempo para reencontrá-la. Isso foi em 2001, eu acho. E fomos ficar juntas em 2014.

Lahn Lan e Nanda Costa (Foto: Reprodução)Lahn Lan e Nanda Costa (Foto: Reprodução)

 

 

 

 

 

 

 

 

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