Sophia Abrahão fala de entrada em 'Salve-se quem puder'

 

Sophia Abrahão, confirmada na segunda temporada de "Salve-se quem puder", começa a gravar a novela das 19h no fim deste mês. Ela fará Júlia, sobrinha de Hugo (Leopoldo Pacheco). A atriz analisa as estratégias da retomada em meio à pandemia de coronavírus:

— Acho que essa nova maneira de trabalhar vai nos colocar novamente com os pés no chão. Na maquiagem, por exemplo, devemos ter bastante cuidado. Claro que vai haver um respaldo dos profissionais, mas será mais do que nunca um trabalho de equipe. Eu devo ter alguma mudança no cabelo, mas ainda não ficou definido. Ainda que a realidade seja essa, tão diferente, estou ansiosa para voltar a atuar.

Ela diz que tem um carinho especial pelo autor da trama, Daniel Ortiz:

— Daniel Ortiz é meu cupido. Foi em "Alto astral", novela dele, que conheci o Sérgio (Malheiros, seu namorado). Quando recebi o telefonema com o convite para a novela, fiquei felicíssima porque o tenho nessa memória especial. Aí contei a novidade para amigas noveleiras de fora do meio, e elas amaram. A personagem, apesar de ser do bem, é muito diferente de mim — conta ela, que também aparecerá em "As Five", do Globoplay, em novembro, no papel de uma blogueira fútil.

Durante a quarentena, além de estudar os textos da personagem, Sophia tem outro compromisso profissional. Ela apresenta o podcast "Pod Chegar", em plataformas como Spotify e Deezer, e entrevista especialistas em temas da atualidade. Nos últimos meses, o programa ganhou uma nova versão, "Em casa", e também passou a ser exibido em IGTV.

— Já falamos sobre vaidade, ansiedade... Recebemos a visita de convidados ocasionalmente. Marcella Rica e Vitória Strada participaram do episódio "Relacionamento na quarentena". Padre Fábio de Mello comentou sobre a vaidade do ponto de vista espiritual. Eu e os colaboradores do canal (Chico Couto e Helena Cutter) discutimos as pautas uma semana antes. Com alguns dos assuntos escolhidos, tenho uma relação. Com a ansiedade, por exemplo, lido há anos. Acho que desenvolvi por ter começado a trabalhar cedo, por ter sido sempre muito cobrada. Com a terapia e com uma melhor organização no trabalho, tenho conseguido controlar. No início da quarentena, eu estava tensa para saber como a gente ia sair dessa. O que desperta esse gatilho é ficar parada. Quando me encontrei e comecei a produzir o podcast, que considero um conteúdo que não é alienado ao que está acontecendo no mundo, comecei a ficar mais tranquila — explica a paulista, de 29 anos.

 

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A parceria com Sergio Malheiros também alcançou o equilíbrio ideal. Recentemente, por conta da do isolamento social, os dois chegaram a acordos sobre novas maneiras de conviver:

— Agora a gente está melhor do que nos meses iniciais. Eu estava ansiosa, ele também. Uma coisa que surtiu efeito foi uma reorganização da divisão de tarefas. Parece que não é grande coisa, mas pode gerar ruído. Conseguimos redistribuir. Nós fazemos terapia de casal há dois anos, e esse tipo de conselho vem das sessões. Temos um cronograma para definir o que cada um faz dentro de casa. Também ficamos em cômodos separados por causa do trabalho ao longo do dia. É importante ele ter as coisas dele, e eu, as minhas. Até ajustar tudo, foi difícil. Mas depois que entramos no eixo está tudo ótimo. À noite, temos nosso momentinho de assistir a um filme ou a uma série, de fazer um jantar... Conseguimos nos restabelecer para não pirar. Mantivemos a individualidade e potencializamos nossos momentos juntos. Sozinha ia ser muito mais complicado suportar a quarentena.

Sophia Abrahão também conclui que a decisão de adiar o casamento com Malheiros foi acertada. Por ora, os dois não têm pressa de subir ao altar; e cerimônia à distância não está em discussão:

 — Na verdade, por lei a gente já é casado. Vamos fazer seis anos de namoro em novembro, estamos morando juntos há quatro. Pegou cachorro e juntou as roupas, já é casado (risos). Mais para frente, é claro, queremos formalizar no civil e fazer uma cerimônia. Tínhamos nos planejado para tudo isso em 2020, mas não deu. E tudo bem. Apesar de o amor ser um motivo nobre, não há clima para celebrar agora. Se as coisas melhorarem, podemos fazer em 2021, mas não é uma urgência. E será algo intimista, uma festa bem fechadinha mesmo. Se eu fizesse algo grande demais, ia ficar preocupada com roupa, convidados... Nosso estilo é mais simples e despojado.