!['Uncoupled', nova série da Netflix (Foto: Reprodução) — Foto:](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/QRXvPGHSDtoGAIWV7hFvg7h1l2Y=/0x0:640x424/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/C/M/HfdmkaQD6JVRlnDWlA8A/2022-08-03-serie.jpg)
Certas séries fundam um estilo. Elas são então copiadas indefinidamente por produções que vêm depois. Um exemplo é “Sex and the city”. Quando ela chegou à televisão, no fim dos anos 1990, encantou com sua forma original de narrar as aventuras de um grupo de amigas solteiras. Liberadas, elas expunham suas vidas amorosas. O público se sentia dentro daquelas conversas íntimas, como um voyeur incorpóreo. As ruas, os restaurantes e os bares de Nova York eram um personagem extra. Recém-lançada pela Netflix, “Uncoupled” navega nesse sucesso do passado já fartamente explorado. Só que a ação se passa no universo LGBTQIAP+. E, não é coincidência, tem nos créditos Darren Star, o criador de “Sex and the city”. Por todas essas razões, ela não tem, portanto, frescor. Mas diverte e comove enquanto repete uma fórmula.
O personagem central é o corretor de imóveis Michael (Neil Patrick Harris). No primeiro episódio — são oito —, ele é abandonado pelo marido. Eles estavam juntos havia 17 anos. O ex, Colin (Tuc Watkins), não dá maiores explicações.
Logo o protagonista descobre que foi trocado por um rapaz mais jovem e, pior, seu concorrente na profissão. A dor de cotovelo garante o tom de amargura à trama. Mas a comédia se sobrepõe à tristeza. Aos 40 anos, Michael volta a fazer o circuito dos solteiros em Nova York, o que produz situações divertidas. De quebra, o elenco é ótimo e inclui a premiadíssima Marcia Gay Harden, como Claire. Vale conferir.
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