Crítica
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Por Patrícia Kogut


'Uncoupled', nova série da Netflix (Foto: Reprodução) — Foto:
'Uncoupled', nova série da Netflix (Foto: Reprodução) — Foto:

Certas séries fundam um estilo. Elas são então copiadas indefinidamente por produções que vêm depois. Um exemplo é “Sex and the city”. Quando ela chegou à televisão, no fim dos anos 1990, encantou com sua forma original de narrar as aventuras de um grupo de amigas solteiras. Liberadas, elas expunham suas vidas amorosas. O público se sentia dentro daquelas conversas íntimas, como um voyeur incorpóreo. As ruas, os restaurantes e os bares de Nova York eram um personagem extra. Recém-lançada pela Netflix, “Uncoupled” navega nesse sucesso do passado já fartamente explorado. Só que a ação se passa no universo LGBTQIAP+. E, não é coincidência, tem nos créditos Darren Star, o criador de “Sex and the city”. Por todas essas razões, ela não tem, portanto, frescor. Mas diverte e comove enquanto repete uma fórmula.

O personagem central é o corretor de imóveis Michael (Neil Patrick Harris). No primeiro episódio — são oito —, ele é abandonado pelo marido. Eles estavam juntos havia 17 anos. O ex, Colin (Tuc Watkins), não dá maiores explicações.

Logo o protagonista descobre que foi trocado por um rapaz mais jovem e, pior, seu concorrente na profissão. A dor de cotovelo garante o tom de amargura à trama. Mas a comédia se sobrepõe à tristeza. Aos 40 anos, Michael volta a fazer o circuito dos solteiros em Nova York, o que produz situações divertidas. De quebra, o elenco é ótimo e inclui a premiadíssima Marcia Gay Harden, como Claire. Vale conferir.

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