Crítica
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Por Patrícia Kogut


Cena de 'O poder e a lei' (Foto: Divulgação) — Foto:
Cena de 'O poder e a lei' (Foto: Divulgação) — Foto:

Estreia da Netflix, “O poder e a lei” (“The Lincoln Lawyer”) já escalou a lista das campeãs do streaming no site Flixpatrol. Fica atrás só da poderosíssima (e, convenhamos, invencível) “Stranger things”. Estrelada por Manuel Garcia-Rulfo, a produção é certeza de um programão para os fãs de enredos que envolvem tribunais e algum suspense. Não tenciona reinventar a roda, ou seja, não cai na pretensão. É feijão com arroz feito de acordo com as mais tradicionais receitas, mas tendo alguma originalidade. Vale a viagem.

Somos apresentados a Mickey Haller (Garcia-Rulfo) quando ele está apreciando o mar, pensativo, vestido para surfar. É um primeiro sinal de algo que se repete bastante nos dez episódios: muitas externas de Los Angeles — e em locações distantes do circuito sempre visto no cinema e nas séries. Advogado de sucesso no passado, ele está há um ano no degredo. É que, depois de um acidente de carro, viciou-se em remédios. Passou por uma clínica de recuperação e está limpo. Mas os casos sumiram. Enquanto está deitado na areia da praia, recebe a ligação que vai mudar a sua vida e que fará disparar a trama.

Do outro lado da linha, uma de suas ex-mulheres (são duas, ambas muito presentes), Lorna (Becki Newton), avisa que ele está sendo convocado para uma reunião importante. Nela, Haller será informado por uma juíza que ele herdará todos os casos de um colega assassinado dias antes. Foi uma determinação do morto. O protagonista não entende a razão de ter sido escolhido. Mas a notícia é boa para seu futuro profissional. Um desses casos tem um peso especial. Ele envolve uma figura conhecida, um sujeito acusado de matar a mulher. Se conseguir provar a inocência do cliente, o advogado estará de volta ao mercado e com honras.

A ação é puxada por mais de um fio narrativo. Há o suspense em torno do assassinato. Paralelamente, seguimos o esforço do protagonista para atender a uma numerosa clientela que cai de paraquedas. Isso colabora para reforçar a torcida do espectador pelo seu sucesso. Finalmente, há o drama familiar. A primeira ex-mulher de Haller, Maggie (Neve Campbell), conseguiu a guarda integral da filha adolescente quando ele se viciou. Agora, pode ser a chance de o advogado, um pai amoroso, recuperar a confiança delas.

O título original em inglês é alusivo à marca do carro em que o personagem circula enquanto trabalha. Seu Lincoln funciona como uma espécie de escritório móvel. É quando ele está em trânsito que vemos o movimento da cidade e lindas paisagens.

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