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Refletindo sobre a trajetória de Cigano, imagine uma pessoa que viveu musicalmente a noite de Porto Alegre em um período “pós -Lupicínio”: uma geração “de ouro” dos artistas da Música Popular Brasileira. Em Porto Alegre, a pessoa que sintetiza esse momento é Durque Costa Cigano. Nascido no ano de 1950 em Dom Pedrito, Cigano migrou para Porto Alegre com seis anos de idade. Atuando na noite da cidade até os dias de hoje, Cigano passou pelos principais palcos da capital gaúcha. Atualmente, Paulinho Parada, doutorando em música pela UFRGS e descoberta de Cigano, reconstitui a obra de Durque Costa e pretende resgatar o valor de suas canções através da nova difusão no ciberespaço e imprensa.
Pâmela Amaro é atriz, cantora, musicista, arte-educadora e compositora porto-alegrense. Nos últimos anos, tem se destacado como uma das vozes do samba no estado do RS, principalmente, a partir das composições que abordam temas variados, sempre positivando narrativas acerca das mulheres negras. O disco de estréia “Samba às Avessas” ganhou o mundo justamente no dia em que a baluarte Dona Ivone Lara completaria 100 anos. Uma data simbólica e que não foi escolhida por acaso. Foi porque o avesso do samba de Pâmela é também uma reinvidicação da história feminina dentro do gênero musical, ainda dominado pelos homens. Mas não é só a lógica masculina que o samba de Pâmela vira do avesso. É também a ideia de que o Rio Grande do Sul não é terra de tambores quando na verdade, aponta a artista, vem daqui uma das tradições sambistas mais fortes do Brasil. Pâmela almeja que o resto do país ouça seu disco e saiba que ali está um exemplar do samba que há tempos se cria, se canta e se toca no Rio Grande do Sul. Então, vamos conhecer a música e trajetória dessas duas gerações de artistas nesse especial do programa O Sul em Cima!
O Sul em Cima
O Sul em Cima é transmitido aos domingos, às 15 horas, com reapresentação às quintas-feiras à 0h, na Rádio USP São Paulo e Ribeirão Preto, e também por streaming. As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.
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