O espantoso aumento da população de rua na cidade (que já passa dos 30 mil em números oficiais) tem reacendido o debate sobre a urgência em repensar as políticas de habitação em São Paulo. Mas infelizmente este não é o único problema. Em ato realizado nesta quinta (10) no centro da capital, movimentos de moradia popular também cobraram a regularização das favelas, melhorias nos cortiços, o fim dos despejos durante a pandemia, entre outras demandas.

Presente no Ato das Favelas, Ocupações e Cortiços, organizado pela União dos Movimentos de Moradia, o pré-candidato a prefeito do PT, Jilmar Tatto, voltou a cobrar das gestões de Doria e Covas um posicionamento claro sobre esse tema. “Estou aqui porque temos que exigir despejo zero na cidade de São Paulo. É inadmissível que neste período de pandemia ainda tenha decisão judicial para colocar as pessoas nas ruas. É preciso fazer um acordo para interromper esses despejos porque as pessoas não têm para onde ir.

O petista também questionou por que a Prefeitura insiste em não usar o Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) para resolver o problema da moradia na cidade. ” O Fundurb tem que ser aplicado na moradia popular, para desapropriação de prédios na região central. Há 40 mil imóveis abandonados só no centro. Nós não vamos aceitar que numa cidade rica como SP tenha gente que ainda viva nas ruas!. A cidade pode, sim, abrigar todos os que hoje estão sem moradia”.

Conheça algumas propostas de Jilmar para a área da moradia:

  • Priorizar a população de baixa renda (até três salários mínimos), o atendimento das famílias em assentamentos precários, em situação de rua, em áreas de risco e de preservação permanente;
  • Promover a reabilitação de edifícios vazios ou subutilizados nas áreas centrais da cidade para as famílias de baixa renda, exercendo a função social da propriedade de forma contundente;
  • Usar recursos do Fundurb para desapropriação de imóveis em áreas centrais;
  •  Credenciar imóveis para o bolsa aluguel;
  • Criar um programa para reassentamento e/ou recuperação das áreas de risco e de alagamentos e oferta de novas habitações.

Da Redação


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