Marques Ribeiro

O compositor, concertista, conferencista e professor José Fernando Marques Ribeiro era filho de José Pinto Ribeiro e de Adelaide Adozinda Jesus Marques Ribeiro. Nasceu no Porto, a 1 de Dezembro de 1916, e faleceu em Rio de Mouro, a 16 de Janeiro de 1996.

Foi discípulo de A. Dubini e de Lapierre Badoni. Depois de se apresentar oficialmente no Salão Orfeo, como compositor e concertista de piano, abandonou definitivamente o curso a que se dedicara -posteriormente à sua preparação liceal e passou, então, a consagrar à música todas as suas atenções, realizando concertos, compondo, leccionando piano, fazendo crítica em periódicos da imprensa de Lisboa e redigindo crónicas musicais para emissões educativas radiofónicas.

Ex-bolseiro do Instituto de Alta Cultura em Estudos de Aperfeiçoamento, dedicou-se à composição e musicologia. Artista de inspiração fecunda e neo-romântico como compositor, segundo a índole da sua música e segundo a fraseologia de que se serviu para exprimir as suas mensagens, compôs mais de meia centena de produções, entre Prelúdios, Suites, Valsas, Romances Sem Palavras, Baladas, Estudos, Nocturnos e Fantasias de Concerto.

A sua obra inclui peças para piano, trio, quarteto, conjunto sinfónico, e orquestra de arco. É, porém, nesta última modalidade e na literatura pianística que o seu domínio e génio melhor se manifestou.

Realizou numerosos concertos públicos – Lisboa, Sintra, Porto, Coimbra, Évora, Setúbal, Leiria, Viseu, Funchal, Angra do Heroísmo e Horta – e recitais radiofónicos na Emissora Nacional, no Rádio Clube Português, na Rádio Renascença e na Rádio Porto.

Da sua actividade, quer em concertos, quer em conferências sobre assuntos de musicologia (destinados a servir a cultura da juventude), destacam-se as suas actuações na Faculdade de Letras de Coimbra, na Faculdade de Ciências de Lisboa, na Casa dos Estudantes do Império e no Instituto de Cultura Italiana.

Como faceta soberana no campo da eloquência musical, aponta-se a sua faculdade de improvisador, ao serviço da qual dispunha de conhecimentos basilares de construção harmónica e de estética. Como intérprete, era detentor duma excelente técnica e obtinha, do piano, cambiantes de sonoridade que foram motivo das atenções de Mestre Vianna da Motta.

A sua formação pianística firmou-se nos estilos Chopin-Liszt e nas suas interpretações destes compositores, nomeadamente através da composição de algumas obras da sua autoria. Foram, inclusivé, feitas delas gravações para emissoras consagradas de Londres, de Roma e de Berlim (British Broadcasting Corporation, E/AR e Reichrundfunk). Viveu cerca de três décadas e meia em Rio de Mouro, na Rua Vasco da Gama. Nesta Freguesia, esteve sempre atento ao movimento sócio-cultural. Foi um dos fundadores da Escola de Música Leal da Câmara, onde deu aulas gratuitamente. Participou de modo activo nas actividades da Junta de Freguesia de Rio de Mouro e deu conferências e concertos nas diversas associações da Freguesia.

Rio de Mouro

Rio de Mouro é hoje um importante aglomerado urbano do concelho de Sintra, sendo que a sua importância foi aumentando ao longo dos tempos.

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