Marcelo Noronha, do Bradesco (BBDC4): Vivemos momento de transformação grande; banco implodiu áreas de produtos

CEO do banco ainda repercutiu a ata do Copom, a transição no Banco Central e avaliou o trabalho de Haddad

O CEO do Bradesco (BBDC4), Marcelo Noronha, destacou nesta terça-feira (25) que o banco está vivendo “uma transformação grande” e “implodiu” suas áreas de produtos. De acordo com ele, a visão sobre o cliente está cada vez mais integrada.

Noronha afirmou que há desafios para utilização adequada da inteligência artificial generativa. Mas que a tecnologia vai ao encontro daquilo que a instituição vislumbra para o futuro da relação com o cliente.

“Daqui a um ano, o salto que a gente vai dar no uso da IA generativa é impressionante. Em dois anos, ainda mais”, disse durante painel na Febraban Tech 2024.

Rumos da Selic

Ainda no evento, Marcelo Noronha afirmou que não tem “perdido” o sono com a transição de comando no Banco Central. “Confio que o BC e a Fazenda vão procurar fazer a melhor transição possível”, comentou.

Sobre a ata do Copom, Noronha afirmou que o documento não trouxe tantas novidades em relação ao comunicado. Exceto pela mudança no cálculo da taxa neutra.

Questionado se acredita haver chance de aumento de juros no curto prazo, o executivo disse que não trabalha com essa perspectiva. “Não parece ser a vontade do BC subir juros”.

Fernando Haddad

Noronha também comentou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem trabalhado intensamente pelo equilíbrio fiscal.

“Acredito que a Fazenda e o Planejamento conseguirão fazer orçamento adequado”, comentou, lembrando que o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) acenou com a possibilidade de trabalhar na desvinculação de receitas e despesas, o que é importante para dar mais flexibilidade ao Orçamento.

O CEO do Bradesco disse não estar tão pessimista quanto o resto do mercado em relação aos rumos do país.

“Acho que Brasil está em um caminho razoável, de equilíbrio, estamos segurando um pouco mais a taxa de juros”, afirmou, ressaltando que a previsão do banco para o PIB este ano é mais próxima de 2%.

Com informações do Valor Econômico