Na CCXP, Taís Araujo fala sobre papel de Nossa Senhora em O Auto da Compadecida 2: 'Não é uma substituição'

"Vocês não imaginam a minha emoção de estar com esses dois aqui. Um filme tão dentro do meu imaginário. É uma honra", disse Tais Araújo. "Eu conversei com a Dona Fernanda. A gente conversou muito sobre Nossa Senhora e as diversas representatividades. Não é uma substituição. É uma outra Nossa Senhora. Não dá pra substituir Fernanda Montenegro".

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Bastante celebrados, Selton e Matheus brincaram com a plateia com frases do primeiro filme e vibraram com a exaltação à cultura brasileira. Selton Mello ainda brincou que quer ver cosplays de Chicó e João Grilo na CCXP 2024.

Sobre o enredo, os protagonistas do longa contaram "causos", assim como os seus personagens, para despistar sobre os spoilers. "Falando verdades ou mentiras do Chicó?", brincaram sobre o enredo do filme.

Porém, contaram um pouco de como será a trama, que segundo eles, bebe diretamente da fonte de Ariano Suassuna: "Passou 20 anos, os personagens envelheceram, mudaram características, mas o lado palhaço deles permanece. Porque o palhaço é o lado criança da pessoa. E o Chicó está muito mais galã", brinca Nachtergaele.

Selton disse que na época em que produziram o primeiro filme, há 25 anos, "não imaginavam que estavam produzindo um verdadeiro fenômeno". Taís exaltou os parceiros de cena na hora: "Vocês não imaginam a minha emoção de estar com esses dois aqui. Um filme tão dentro do meu imaginário. É uma honra".

Para Matheus Nachtergaele, interpretar João Grilo é um marco que atravessa os anos e faz com que ele sinta o carinho nas ruas até hoje: "Todo sorriso que me dão nesses últimos 25 anos, sei que é pouco devido ao João Grilo".

No painel, imagens de bastidores, como a caracterização de Taís e o primeiro teaser do novo longa, que chega aos cinemas no próximo ano, foram exibidos em primeira mão, não só uma, como duas vezes, o que levou a galera ao delírio. Selton disse que o Brasil nunca viu esse tipo de lançamento nacional nos cinemas.

"A cena mais bonita que vi na minha vida", disse Mateus sobre a entrada da Taís Araujo no longa.

Taís Araújo também reforçou a importância do papel de Jesus negro no primeiro filme e do desejo de ver mais representatividade, especialmente feminina: "A população preta sempre foi subvalorizada. O pessoal fala de 'Cidade de Deus'. A gente não é só isso. Nos colocam em um lugar só. Somos múltiplos. A representatividade da mulher preta no cinema é pouca, considerada ao homem preto".