Selton Mello assume inseguranças e fala de revezar entre direção e atuação: 'Muito saudável'

"Fui mesmo assim, porque eu sabia que era alguma coisa que era importante mexer, algum tabu, algum medo, que era bom passar para crescer".

Para Tatá, é importante se manter inseguro, para poder se reinventar. Sobre a declaração, Selton refletiu:

"Esse negócio de atuar e dirigir teve a ver com isso. Era uma hora que eu estava, sei lá, meio sem brilho. Sem muito tesão em atuar. Eu fui para o negócio de direção. Comecei a dirigir muito mais, fui ficando muito mais diretor do que ator, depois tive saudade de atuar"

"Então, esse negócio de fazer as duas coisas foi muito saudável, porque aí estou sempre em um lugar onde estou muito com tesão mesmo. Essa é a palavra".

Como diretor, Selton ganhou fama por revelar novos talentos, como Larissa Manoela. Na conversa, ele comentou o que busca quando está na direção.

"Sempre tem um olhar para quem é novo e também para quem não está no jogo. Tipo Moacyr Fraco, Jorge Loredo. É uma profissão muito cruel, enconsta muita gente boa, então, gosto de tentar essa mistura".

O artista também falou quem teve esse mesmo olhar em sua carreira.

"O Guel [Arraes, diretor] no' Auto da Compadecida'. Eu nunca tinha feito comédia, ele viu que eu poderia fazer o Chicó e, para mim, foi uma surpresa".

Em breve, Selton estará de volta às telinhas em Nos Tempos do Imperador. O ator explicou por que decidiu voltar a fazer novela após 21 anos.

"Eu estava com saudades. A gente está aqui nos Estúdios Globo e me emociona vir para cá. Foi aqui, moleque, que eu comecei em 84. Estou muito feliz".