Lulu Santos lembra decisão de assumir relacionamento com marido: 'Você vê os romances e não se vê representado'

"Ainda que eu tenha tido relações públicas anteriormente, dessa vez não foi uma coisa programada, nem nada. A gente fez ao sabor de gostar tanto um do outro".

"A primeira vez que ele passou um fim de semana estendido no Rio de Janeiro, na hora que ele foi embora, ele postou a foto do helicóptero, né, que eu repostei e as pessoas juntaram as coisas. A gente fez em homenagem um ao outro".

Segundo o cantor, tornar a relação pública também foi uma forma de trazer representatividade.

"Não é para normatizar, mas também tem esse efeito, porque eu mesmo nunca tive oportunidade de falar, e possivelmente não gostaria também, do que eu mesmo sofri... De auto-opressão, de opressão, de opressão da sociedade no ambiente. Uma das coisas que a gente acaba se ressentindo mais é realmente não ter representatividade".

"Você vê os beijos dos casais, os romances, os comerciais, os filmes e tudo, e acaba não se vendo representado naquilo como se você fosse excluído daquela possibilidade de felicidade. Eu acho que o que a gente fez foi não se excluir da possibilidade de felicidade".

O músico ainda revisitou a infância e contou que a família foi de grande influência para a sua carreira musical.

"Ninguém tocava instrumento, mas a música que ouvi na minha infância era devido ao fato de a gente ter morado nos Estados Unidos em um período curto, mas determinante da minha vida, quando eu tinha 5 anos de idade".

"O meu pai, a primeira coisa que ele comprou foi um aparelho estéreo e uma quantidade muito grande de discos. Eu tive contato com isso muito cedo. Eu tinha muito disco, mas não podia tocar o piano da casa. Era proibido".

Ele ainda listou quais são suas maiores referências na música: "Caetano [Veloso], [Gilberto] Gil, Roberto [Carlos], Erasmo [Carlos], Milton [Nascimento], Chico [Buarque], Beatles e Rolling Stones".

Com uma extensa lista de sucessos na carreira, Lulu lembrou em que momento percebeu que tinha se tornado um ídolo.

"Quando comecei a fazer televisão, eu comecei a fazer Chacrinha e aquilo atravessava uma quantidade enorme de gente. Muito maior do que eu podia supor. A cada apresentação minha no Chacrinha, no dia seguinte nas ruas, as pessoas me identificavam. É fazendo televisão que a gente mede mesmo o grau de entrada que a gente tem".

Técnico do The Voice Brasil, o cantor explicou por que decidiu aceitar o desafio de participar do programa.

"Eu assisti a estreia do 'The Voice' americano e pensei: 'esse programa eu faria'. Três anos depois, eu estava fazendo".

Ele ainda contou quais são seus critérios na hora de virar a cadeira para um participante.

"Eu quero personalidade".