Evaldo Macarrão estreia em No Rancho Fundo e celebra o Jupará de Renascer: ‘Divisor de águas’

“Renascer foi um dos grandes trabalhos da minha vida, me atravessou da forma mais intensa e linda da minha vida e carreira. Jupará foi um divisor de águas, me levou pra um outro lugar e me apresentou de fato, com dignidade, para o Brasil. Muda, sim, a minha vida, a minha carreira e me coloca em um outro lugar, um lugar onde todo artista merece ter pra ser feliz no ofício e na vida”, celebra o ator, que também já fez Zorra Total e A Grande Família na Globo.

E, de Renascer, Evaldo Macarrão trouxe também a amizade com Humberto Carrão, que deu vida a José Inocêncio na juventude. Os atores continuam amigos e se encontram com frequência para curtir um samba ou trocar ideia no Rio de Janeiro.

“Humberto Carrão, meu amor, somos amigos para a vida toda. Curtimos carnaval juntos na Bahia, voltamos para o Rio, curtimos samba e conversamos sobre a vida. Nos encontramos para além da novela, nos encontramos nesse lugar do respeito da vida humana. Graças a Deus, aos astros e ao destino mantemos contato, estamos conectadíssimos”, revela.

Mas voltando a No Rancho Fundo, quem é Tôim? O que sabemos é que ele é proprietário de um boteco precário em frente ao Cabaré Voltagem e vai formar sociedade com Artur (Túlio Starling), Caridade (Clara Moneke) e Quinota (Larissa Bocchino), o que impõe mudanças ao espaço. E, de acordo com Evaldo Macarrão, Tôim Feitosa é o oposto de Jupará.

“Primeiro que ele não é muito chegado ao trabalho, coisa que Jupará amava. Ele quer ficar tranquilo, na sombra, relaxar, descansar. Ele mostra também esse desleixo, porque falta nele alguma coisa, e talvez essa coisa seja a companhia, a presença de alguém que possa impulsioná-lo. Com a chegada de Caridade, ele vai se encontrando, na dor ou no amor. Mas é um personagem cheio de humor também. Acho que ele vai movimentar a trama nesse lugar da graça. Estou muito esperançoso para vê-lo”, comenta.

Para dar vida a Tôim, Evaldo Macarrão trocou o seu sotaque baiano pelo paraibano com a ajuda de profissionais da TV Globo, mas também de amigos.

“Tôim é do sertão da Paraíba, e tenho alguns colegas de João Pessoa. Isso me impulsionou para modificar o sotaque e diferenciar de alguns personagens nordestinos que eu venho fazendo. Tive uma preparação de fono, de prosódia, e tenho escutado muitos colegas falando na novela. Acho uma delícia. Não foi tão difícil por estar perto de pessoas que tem esse sotaque e por praticar também para que o trabalho ficasse natural.”

+ José Loreto e Luisa Arraes reagem a cenas de Marcelo e Blandina:

Evaldo Macarrão conta ainda que está totalmente integrado ao elenco de No Rancho Fundo e celebra encontros e reencontros que acontecem nos bastidores.

“Eu tive um acolhimento muito lindo de todos e isso facilitou bastante. Alguns eu já tinha contato antes da novela, como o Welder Rodrigues, que foi meu parceiro no Zorra, e outros eu estou tendo a delícia de conhecer agora e me conectar cada vez mais. Gravo muito com a Clara Moneke. Ela também é de religião de matriz africana, e a gente troca muito, ela também é do samba. Quando eu cheguei estavam todos me esperando, foi massa. Me senti acolhido."

A amizade por trás das câmeras ajuda a lidar com a saudade da filha, Julia, que tem cinco anos, mora com a mãe em Salvador e fã do papai.

“Quando eu posso, corro para Salvador para matar a saudade. A gente se fala quase sempre por chamada de vídeo, é meu chamego, meu combustível, o amor da minha vida. Ela assiste a meus trabalhos. Por um momento, eu deixei de ser o pai dela para ser o Jupará. Às vezes ela fala: ‘Benção Jupará’. É uma delícia”, derrete-se

Mas você sabe de onde veio o nome Macarrão? O próprio ator explica e revela ligação com a atriz Renata Sorrah:

“Macarrão surge no Cria, escola que eu me descobri ator, no Pelourinho. A aula começava 7h40 e eu sempre chegava com muita preguiça de fazer a aula de corpo. Eu tinha 14 anos. Na aula, o preparador de voz me chamou atenção, disse que eu ficava na roda, todo mole, parecendo um macarrão, e o grupo riu sem parar. Depois, em uma batalha de rima, outro preparador começou a me incentivar: ‘Uh, terror, Macarrão é matador’. E eu fui gostando. Ainda resisti um tempo. Até a Renata Sorrah falar que era eu quem iria apresentar o Macarrão e colocar ele onde eu quisesse. Achei isso fenomenal.”

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