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Por gshow — São Paulo


Para que serve banco de colágeno? Entenda o que é e os benefícios do método — Foto: Freepik

Você já ouviu falar sobre banco de colágeno? Não, não se trata, exatamente, de um novo procedimento estético, mas um método que propõe criar um “estoque” desta proteína no organismo para retardar os efeitos do envelhecimento da pele, entre outros benefícios.

Este “banco” pode ser desenvolvido a partir de vários protocolos estéticos, além de uma rotina saudável e um cardápio com alimentos ricos em colágeno. Veja todos os detalhes a seguir!

Qual é a finalidade do colágeno?

Primeiramente, é preciso entender que o colágeno é a principal proteína estrutural do nosso corpo. Alexandra Lemos, farmacêutica especialista em ativos para saúde, beleza e bem-estar, explica que ele é responsável por formar os componentes dos “tecidos conjuntivos, como os tendões, os ossos, as articulações e os ligamentos”, além de dar “sustentação, firmeza e elasticidade à pele, músculos e cartilagens”.

Como funciona e quais são os tipos de absorção de colágeno?

É este “banco” que indicará os níveis de colágeno do corpo: “É como um porquinho de dinheiro e, com o passar do tempo, vamos retirando e perdendo essas ‘moedas’ conforme o uso”, exemplifica a farmacêutica bioquímica Joyce Rodrigues.

Especialistas explicam que o banco de colágeno pode ser iniciado a partir dos 25 ou 30 anos via oral, tópica ou injetável — Foto: Freepik

A proposta, segundo ela, é estimular a produção de colágeno o quanto antes para criar uma reserva da proteína e “minimizar a aparência dos sinais de envelhecimento no futuro”. Alexandra ainda detalha que a proteína pode ser absorvida pelo organismo por três vias:

  • Tópica: “Cremes e loções, as quais são absorvidas através da pele e garantem hidratação e aparência mais firme”.
  • Oral: “Com suplementação, que pode ser em cápsulas ou pó. A absorção é feita via sistema digestivo e promove a melhora na saúde da pele, articulações e cabelos”.
  • Injetável: “Usada em procedimentos estéticos com absorção direta nos tecidos [que formam a pele] e ajuda na redução de rugas, cicatrizes e oferece preenchimento para dar volume à região”.

Veja alguns protocolos que estimulam a produção e ajudam a criar um “estoque” da proteína:

  • Bioestimuladores dérmicos: causa uma ação inflamatória que estimula a produção de colágeno, fortalecendo a estrutura da pele e deixando-a elástica e radiante por mais tempo;
  • Jato de plasma: essa tecnologia aumenta a elastina, criando uma lesão na pele e estimulando, principalmente, a região das pálpebras para diminuir a flacidez;
  • HIFU: o Ultrassom Focalizado de Alta Intensidade ajuda a dar sustentação para a pele em todas as profundidades e, de acordo com a fisioterapeuta e pesquisadora Michele Nishioka, é “ideal para melhorar flacidez de pele corporal e facial, principalmente quando o foco é a papada e o sulco nasogeniano”, o famoso bigode chinês.

Mas, atenção! As especialistas afirmam que não existe um método mais ou menos eficaz. A escolha vai depender da necessidade de cada pessoa e de como seu organismo reage aos protocolos: “Vale uma consulta com seu médico, farmacêutico ou nutricionista para a indicação mais adequada”, alerta Alexandra Lemos.

Por que criar banco de colágeno no organismo?

A partir dos 25 ou 30 anos, nosso organismo perde a capacidade de produzir colágeno e, assim, a pele começa a perder a elasticidade, a ficar mais flácida e com linhas de expressão, os cabelos ficam mais finos e brancos.

“A deficiência do colágeno também impacta nos ossos, que ficam mais frágeis, o que pode levar a fraturas, lesões nas articulações e até à osteoporose. Sem falar nas unhas, que ficam fracas e quebradiças”, explica Alexandra.

Como dito anteriormente, criar esse banco garante “colágeno suficiente para o corpo conseguir reparar, estimular e ter uma pele muito mais firme”, afirma Joyce Rodrigues. Mas, para além da questão estética, esse armazenamento também possibilita amenizar os impactos e o desgaste das articulações, ossos, cartilagens, ligamentos e músculos.

Banco de colágeno: veja os métodos que ajudam a minimizar a aparência dos sinais de envelhecimento — Foto: Freepik

Quem pode ou não pode fazer?

A odontologista Taisa Malaman recomenda iniciar a reserva aos 30 anos ou nos casos em que são identificados os sinais precoces de envelhecimento: “É fundamental você ter acompanhamento de um profissional de saúde para indicação e evolução de cada método utilizado para a reposição [de colágeno].

Ela conta, ainda, que não há contraindicação para repor o colágeno em si, mas os outros componentes da fórmula podem causar alergias. Pessoas com condições pré-existentes, gestantes ou lactantes devem consultar um médico antes de iniciar qualquer procedimento.

Dicas extras!

Como diz o ditado, “uma andorinha só não faz verão”! Portanto, Michele Nishioka reforça a importância de aliar os tratamentos dermatológicos com colágeno a uma alimentação balanceada e suplementos previamente indicados por um médico.

Joyce ressalta, no entanto, que apenas consumir determinados alimentos, como caldo de ossos, grãos e carnes em geral, “não garante o melhor aproveitamento das chamadas proteínas da beleza pelo nosso organismo”. Por isso, ela recomenda suplementar com ativos biodisponíveis, ou seja, “que o organismo consiga absorver adequadamente para realizar suas atividades”.

Outro ponto importante é evitar exposição excessiva ao sol e sem proteção. Isso porque os raios ultravioletas destroem a estrutura de colágeno e aceleram o processo de envelhecimento da pele.

“Essas estratégias associadas irão garantir o retardo das linhas de expressão, rugas, a tão temida flacidez e, por vezes, até o efeito conhecido como ‘derretimento’, que nada mais é do que a sensação de pele derretendo”, afirma a fisioterapeuta.

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