Corpo a Corpo
Inauguração do Sambódromo do Rio; movimento Diretas Já (participação civil contra a ditadura militar); lançamento do Macintosh, o primeiro computador pessoal; estreia nos cinemas dos clássicos "Os Caça-Fantasmas", "Indiana Jones", "Gremlins" e "O Exterminador do Futuro"; e na TV, o público assistia às novelas Amor com Amor se Paga, Vereda Tropical e Corpo a Corpo.
Tudo isso aconteceu há 40 anos. E o Brasil era bem diferente do de hoje.
Tendo como exemplo Corpo a Corpo, obra de Gilberto Braga, que estreou no canal VIVA, faremos uma viagem no tempo até 1984, ano da exibição da trama, protagonizada por Débora Duarte e Antonio Fagundes.
As empresas e escritórios mais modernos tinham o recém-lançado PABX, uma central telefônica, cujo aparelho, bem grande, conectava-se diretamente a uma operadora de telefonia, da mesma maneira que um telefone comum. As salas também tinham os primeiros exemplares de computadores pessoais.
E, claro, as telefonistas, faziam as ligações e repassavam aos ramais dos funcionários.
Outro detalhe é a decoração, marcada por tapeçarias em forma de quadros, como mostra a cena da novela em que Antonio Fagundes (Osmar) contracena com Odilon Wagner (Rogério).
Objeto do desejo dos jovens da época era o aparelho 3 em 1,ou seja, toca-discos, toca-fitas e rádio. Olha a alegria do personagem Cláudio (Marcos Paulo) com seu sonzão de milhões!
Nos anos 80, quem quebrasse ou luxasse uma perna ou um braço precisava, literalmente, engessar o membro. A imobilização feita com gesso era a única disponível e incômoda demais, principalmente, na hora de dormir e tomar banho.
Nada de cartão de crédito, débito nem tampouco PIX. Os pagamentos na década de 1980 eram feitos em dinheiro ou cheque. Sim, cheque! Se você, novinho, não tem ideia do que seja um cheque, trata-se de um papel emitido pelo banco no qual o cliente escreve o valor e assina. O receptor precisa ir ao banco apresentar o cheque para sacar o dinheiro correspondente.
Mais dois estilos de decoração que bombavam nos anos 80: o neon e o colonial. Os adeptos de um estilo mais modernoso tinham enfeites de neon, como é caso do apartamento do personagem Zeca (Caíque Ferreira). Por outro lado, a casa dos protagonistas Eloá e Osmar seguia um estilo mais tradicional, com referências coloniais, com arcos e tijolos.
O quadro negro das salas de aula não era negro, mas verde, e para escrever era usado giz. Na faculdade onde estudava Bia, personagem de Malu Mader, isso ficou bem evidente.
Mais do gshow