As importações americanas de sebo bovino entre janeiro e abril deste ano cresceram 377% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que o Brasil representou 40% dos volumes, segundo a agência Bloomberg. Em 2023, o Brasil representou 23% das importações americanas de sebo bovino.
Produtoras de combustível americanas, como a Diamond Green Diesel LLC e a Marathon Petroleum Corp., estão buscando no mercado internacional por matérias-primas mais baratas para a produção de diesel renovável — que possui a mesma molécula que o diesel fóssil, porém, é feito de fonte renovável.
O diesel renovável feito de sebo bovino ou de óleo usado tem uma menor pegada de carbono do que o feito de óleo de soja, e por isso consegue mais créditos fiscais na Califórnia, onde é consumido a maior parte do diesel verde dos Estados Unidos. Em 2025, está previsto para entrar em vigor um benefício fiscal significativo que devem dar mais competitividade do sebo bovino e ao óleo usado em relação aos óleos vegetais.
Em 2022, a americana Darling Ingredients comprou a brasileira FASA, que se tornou a maior fornecedora de sebo bovino para sua joint venture com a Valero, a companhia Diamond Green Diesel.
Além do sebo bovino brasileiro, os EUA também aumentaram as importações de óleo de cozinha usado, a maior parte da China.