O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta sexta-feira (5/7) que uma das novidades do Plano Safra 24/25 é que as instituições financeiras com maior capilaridade no setor terão mais recursos do programa, seguindo um novo critério de distribuição criado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a equipe econômica do governo.
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Durante evento de anúncio do Plano Safra 24/25 do Banco do Brasil, o ministro explicou que, no ciclo anterior, os órgãos de controle exigiram alterações na distribuição dos recursos, o que permitiu que 21 instituições financeiras operassem o plano da safra passada.
A medida foi considerada positiva por Fávaro, em um primeiro momento, por trazer maior democratização para o oferecimento de recursos. Em contrapartida, ele ressaltou que bancos como o BB, que são tradicionais no atendimento ao agronegócio, tiveram um esgotamento dos recursos mais cedo em algumas linhas de crédito.
"Talvez a distribuição não tenha sido tão justa", disse o ministro.
Agora, um novo critério foi adotado para corrigir essa situação. "O critério montado pelo ministro [da Fazenda] Haddad, é também considerar a capilaridade. Quem melhor performou vai ter mais recursos, então vai chegar recursos mais rápido ao produtor", acrescentou Fávaro.
Fávaro ainda reafirmou que o país conta com juros reais muito altos, e "esse é o impeditivo de se fazer juros mais baratos" no Plano Safra.
O patamar de juros do plano de 2024/25, que trouxe reduções mais relevantes apenas para a agricultura familiar, foi um dos pontos mais criticados pelo setor produtivo nesta semana, uma vez que a taxa básica de juros Selic caiu 3,25 pontos percentuais entre a construção do Plano Safra passado e o atual.