Hibisco ornamental e comestível: você conhece a diferença?

Reconhecida como Planta Alimentícia Não Convencional (PANC), a flor de hibisco ganhou destaque nos últimos anos pela sua riqueza nutricional, que inclui compostos antioxidantes, anti-inflamatórios e diuréticos, entre outros. O consumo mais popular é por meio do chá do cálice da flor que, além de oferecer uma série de benefícios ao organismo, segundo nutricionistas, é delicioso e aromático.

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Mas não confunda: o hibisco comestível é da espécie Hibiscus sabdariffa, e também conhecido no Brasil como vinagreira. Aquele hibisco ornamental, que é a flor símbolo do Havaí, nos Estados Unidos, e é usada em jardins, é da variedade Hibiscus rosa-sinensis e não é comestível.

Flor do hibisco ornamental — Foto: Pixabay

A Embrapa Hortaliças estuda os benefícios da vinagreira dentro do projeto “Avaliação agronômica, caracterização nutricional e estudo da vida útil das hortaliças não convencionais”. Segundo a pesquisadora da Embrapa Lenita Lima Haber, o objetivo e tornar acessíveis as informações sobre essas plantas, fomentando a produção, o consumo e comercialização.

Reconheça o hibisco comestível

Os hibiscos comestíveis, ou vinagreiras, têm folhas verdes com nervuras roxas e variação da flor nas cores amarela ou roxa. Para a produção de chás, refrescos e geleias são utilizados os cálices da flor.

As flores são solitárias, nascem nas axilas das folhas, possuem cálice carnoso roxo e corola amarela com o centro roxo, que irão formar os frutos, do tipo cápsula. Segundo informações da Embrapa, há possibilidade de extrair óleo das sementes, que também podem ser consumidas torradas.

Para o uso dos cálices frescos ou secos, os pesquisadores recomendam que deixar a planta se desenvolver plenamente até a fase reprodutiva e o florescimento, a partir de 150 dias.

Para a produção de chás, refrescos e geleias são utilizados os cálices da flor do hibisco — Foto: Paula Rodrigues/Embrapa

Benefícios nutricionais

O consumo da vinagreira tem indicação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apenas como alimento, por meio de chás ou in natura, sem atribuição de finalidades medicinais ou terapêuticas.

Pesquisas recentes realizadas pela Embrapa Hortaliças destacam, entretanto, que os cálices são ricos em antocianinas, uma substância antioxidante derivada de pigmentos naturais, que confere cor avermelhada aos produtos.