Hortifrútis

Por Izabel Gimenez — Londrina (PR)

O Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR) do Paraná acaba de lançar o IDR-Tamaríxia, um aplicativo que vai reforçar a luta contra o greening no Estado. A doença é a principal causa de perdas financeiras na citricultura.

O aplicativo, que já está disponível para download gratuito na Apple Store e no Google Play, oferece orientações a produtores e técnicos sobre as melhores práticas para uso da vespinha tamaríxia no manejo biológico da doença. Parasita do psilídeo, principal vetor do greening, a tamaríxia consegue frear o desenvolvimento do psilídeo, e, portanto, sua disseminação em árvores sadias.

Com sistema de localização georreferenciada, a ferramenta digital tem mapas que apresentam o histórico de liberação da vespa e o passo a passo para a utilização do controle biológico. Em oito anos de estímulo ao uso da tamaríxia, o IDR já distribuiu mais de 10 milhões de vespinhas.

A liberação da tamaríxia pode ocorrer em locais em que não há aplicação de inseticidas, como pomares domésticos e plantios comerciais abandonados, mas também nas cidades, sobretudo onde há plantas de murta, uma das principais hospedeiras do psilídeo.

“A Flórida dizimou sua produção de laranjas devido ao greening. O Estado de São Paulo está com 38% de suas plantas infectadas. A caixa de laranja está mais cara, e falta suco no mundo. A praga não tem cura, mas alternativas como essa ajudam a frear o psilídeo”, disse Norberto Ortigara, secretário da Agricultura do Paraná, no lançamento do IDR-Tamaríxia, que ocorreu na semana passada, durante a 62 edição da ExpoLondrina, em Londrina.

O Paraná tem cerca de 30 mil hectares com plantações de citros, uma área que rende 842 mil toneladas de frutos. O Valor Bruto da Produção (VBP) da citricultura paranaense é de R$ 826,8 milhões.

“O greening é um problema seríssimo. O IDR-Paraná trabalha para contribuir com a busca de tecnologias para acabar com essa doença, dando luz a um bioinsumo indicado como alternativa do uso de defensivo químico”, disse Vânia Cirino, pesquisadora e presidente interina do IDR.

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