Ciência

Com El Niño, flores nascem antes da hora no Deserto do Atacama

Pequena quantidade de flores que apareceu no Atacama pode ter relação com o El Niño; florações costumam aparecer a cada dois anos na primavera
Imagem: Blackstone Resources/Reprodução

O Deserto do Atacama, no Chile, considerado o lugar mais seco do planeta Terra, está passando por uma situação surpreendente por conta do fenômeno El Niño. De acordo com a agência Reuters, flores brancas e roxas estão crescendo repentinamente em partes do local.

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Tudo aconteceu após uma rara onda de chuvas, com pico de temperaturas mais altas. A mudança no tempo fez com que sementes e bulbos dormentes passassem a florescer no espaço árido.

Vale destacar que, atualmente, o deserto, que fica no Hemisfério Sul, está no meio do inverno. As florações, no entanto, costumam aparecer a cada dois anos, durante a breve primavera, composta por espécies nativas, como a Campânula, por exemplo. Veja abaixo:

flores deserto atacama

Imagem: Reprodução/Pinterest

Flores no Atacama podem ter a ver com o El Niño

O ocorrido pode estar relacionado às mudanças no padrão climático causadas pelo El Niño, que começou no ano passado e terminou oficialmente em junho deste ano. Com isso, as chuvas precoces estimularam o crescimento de sementes resistentes à seca mais cedo do que o comum.

A última vez que a floração oficial da primavera aconteceu de forma precoce no Atacama foi em 2015. Contudo, desta vez, a pequena quantidade de flores não é considerada pelos especialistas do país como uma floração antecipada da primavera no deserto.

Entretanto, isso ainda pode mudar caso as chuvas aumentem mais do que o esperado, forçando o crescimento de mais flores. “Enquanto isso, temos que esperar”, disse o biólogo chileno Cesar Pizarro.

O Deserto do Atacama é tão árido que já recebeu uma missão experimental da NASA em 2019, espelhando uma futura missão a Marte. O local também abriga o lugar mais ensolarado da Terra, o Altiplano, um planalto próximo à Cordilheira dos Andes. Com uma altitude de 4 mil metros, ele recebe mais luz do que lugares mais próximos do Equador ou em altitudes maiores. Saiba mais aqui.

Por fim, leia também no Giz Brasil: Telescópios, buraco gigante e ida a Marte: o que o Atacama, no Chile, tem de diferente?

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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