Fora de Paris, ginasta mira LA 2028 para disputar aos 53 anos as Olimpíadas pela nona vez

Medalhista olímpica, Oksana Chusovitina traça novos planos na ginástica artística após lesão que a impediu de buscar vaga nos Jogos de 2024: "Por que deveria desistir do que me faz feliz?"

Por Redação do ge — Tashkent, Uzbequistão


Oksana Chusovitina participa de sua oitava Olimpíada

Oksana Chusovitina ainda sonha disputar as Olimpíadas pela nona vez. Depois de ficar fora dos Jogos pela primeira vez em três décadas por causa de uma lesão, a lendária ginasta uzbeque virou a página de Paris e mira Los Angeles 2028. A medalhista olímpica vai estar com 53 anos durante a competição nos Estados Unidos.

- Não sei o que me motiva, provavelmente o amor. Quero provar para mim mesma que estou lutando comigo mesma e ainda quero ver se consigo fazer isso ou não. Quero muito me classificar para as Olimpíadas, especificamente nesta idade, e superar todo esse falatório de que ginástica é só para jovens. Quero mostrar que se uma ginasta quer treinar, se ela gosta, por que deveria se aposentar se tem 30 anos? Isto não está certo - disse a uzbeque de 48 anos, em entrevista ao site oficial das Olimpíadas.

Oksana Chusovitina — Foto: VCG via Getty Images

Chusovitina esteve presente em todas as edições dos Jogos Olímpicos desde Barcelona 1992, quando foi campeã por equipes. A ginasta começou a carreira competindo pela União Soviética antes de passar a defender a bandeira do Uzbequistão em 1993. Em 2002, o filho Alisher foi diagnosticado com leucemia ainda pequeno. A Alemanha então estendeu a mão à família, ofereceu o tratamento em troca de Oksana e o marido Bachadir Kurbanov, da luta olímpica, defenderem a equipe germânica. Pela Alemanha, a ginasta foi prata no salto das Olimpíadas de Pequim 2008. De 2013 em diante, depois de Alisher ser curado, Chusovitina voltou a ser atleta do Uzbequistão, sua terra natal. Em Tóquio, aos 46 anos, estendeu o próprio recorde de ginasta mais velha a disputar as Olimpíadas.

Há três semanas, Chusovitina sofreu uma lesão às vésperas do Campeonato Asiático de Tashkent, no Uzbequistão. Era a última chance de a ginasta conseguir a classificação para Paris. Ela contou que está em tratamento e ainda não pode saltar, mas começou a correr e vem recuperando a força.

- O que sei é que me sinto forte. Não me forço a treinar. Ainda faço isso com alegria, então sempre digo: "Por que deveria desistir do que me faz feliz?" Se eu quiser continuar, farei. Se não quiser, posso sair a qualquer momento - disse a uzbeque.

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