Por g1


Vista do Monte Fuji encoberta

Vista do Monte Fuji encoberta

Uma cidade no Japão inaugurou uma cortina preta de 2,5 metros de altura e 20 m de comprimento para separar os turistas de uma vista do monte Fuji em frente a uma loja de conveniência.

🗻 A medida foi tomada para tentar obstruir um local que viralizou na internet em 2022 e se tornou um problema para a população local.

Hordas de turistas têm visitado a cidade de Fuji-Kawaguchiko, a 50 km de Tóquio, para fotografar dois símbolos do Japão: a vista do monte Fuji e uma loja de conveniência, que viralizou nas redes sociais e se “encaixa” na base da montanha.

Turista na frente da loja de conveniência com o monte Fuji ao fundo, antes da instalação da cortina — Foto: Reuters

A população local, com menos de 25 mil habitantes, reclama de sujeira, falta de educação, riscos de atropelamento e estacionamento ilegal.

A grande cortina pretende obscurecer a montanha e atrapalhar as fotografias dos turistas.

Uma cena comum no local é ver os funcionários da loja de conveniência gritando com os visitantes, tentando afastá-los.

Loja de conveniência vista pela barreira instalada na cidade de Fuji-Kawaguchiko — Foto: Reuters

A barreira é um sinal recente da luta do Japão contra um pico de visitantes. Isso ocorre por conta da queda na cotação do Iene, que atingiu seu menor valor em 34 anos.

O iene fraco se tornou irresistível para muitos visitantes. Isso significa boas notícias para a economia local, mas também um turismo exagerado em algumas cidades e locais populares.

O monte Fuji, com 3.776 metros de altura, é um local considerado sagrado pelos japoneses. Para lidar com o aumento na sujeira, acidentes e danos ambientais causados pelas multidões, as autoridades estão criando uma série de restrições.

Além da cortina preta na frente da loja de conveniência, as caminhadas em torno do monte Fuji também foram restritas, com a cobrança de uma taxa de trilha de 2.000 ienes (cerca de R$ 65,60) por pessoa.

Barreira vista por cima, com a loja de conveniência ao fundo em Fuji-Kawaguchiko — Foto: Reuters

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