Por Joana Caldas, g1 SC


Menino Jonatas com os pais, Renato e Aline Openkoski — Foto: Reprodução/Redes sociais

Renato e Aline Openkoski, pais do menino Jonatas, que tinha Atrofia Muscular Espinhal (AME), foram presos nesta quarta-feira (22) em Joinville, no Norte de Santa Catarina, confirmou a Polícia Civil.

Eles haviam sido condenados pela Justiça por estelionato e apropriação de bens, após usarem parte dos cerca de R$ 3 milhões arrecadados na campanha AME Jonatas para outros fins, como carro, academia, skate e roupas.

O advogado Emanuel Stopassola, da defesa dos pais, disse que “serão defendidos o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa e todos os meios de prova e recursos inerentes”.

O menino Jonatas morreu em janeiro de 2022, aos 5 anos de idade. Os pais eram considerados foragidos.

Prisão

O delegado Rodrigo Maciel informou que a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami) foi acionada para a prisão há dois meses. Nessa época, foi finalizado o prazo de recursos para a defesa dos pais de Jonatas.

Desde então, os policiais fizeram trabalhos de inteligência e a campo, além de campanas. A investigação descobriu que o casal fugiu de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, onde morava.

Nesta quarta, os dois foram encontrados escondidos em um imóvel no Morro do Meio, em Joinville, cidade onde foi lançada a campanha AME Jonatas, em 2017.

Entenda o caso

  • em janeiro de 2018, a DPCami de Joinville começou a investigar a campanha AME Jonatas por suspeita de apropriação indébita, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC)
  • o MPSC suspeitava que os pais estavam usando o dinheiro arrecadado na campanha para arrecadar luxos
  • a Justiça bloqueou os valores levantados com a campanha, cerca de R$ 3 milhões e um veículo de R$ 140 mil que estava em nome dos pais da criança. A família morava em Joinville
  • em março de 2018, a DPCami de Joinville, cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dos pais. Foram apreendidos diversos produtos e roupas de marcas famosas, além de um veículo de luxo
  • ainda em 2018, a Polícia Civil indicia pais de menino por estelionato e apropriação indébita
  • em outubro de 2022, os pais foram condenados pela Justiça catarinense por estelionato e apropriação de bens

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