Por G1 SC


Pais viram réus para Justiça no caso AME Jonatas por apropriação de dinheiro

Pais viram réus para Justiça no caso AME Jonatas por apropriação de dinheiro

A 4ª Vara Criminal de Joinville, no Norte do estado, aceitou nesta quarta-feira (24) a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra Renato Openkoski e Aline Souza, os pais do bebê Jonatas, de 2 anos. Eles se tornaram réus por estelionato e por se apropriarem de parte do dinheiro arrecadado na campanha AME Jonatas, feita para obter recursos para o tratamento do menino.

O G1 não conseguiu contato com a defesa dos pais. Renato, de 21 anos, e Aline, de 22, são suspeitos de terem usado o recurso arrecadado para outros fins. O MPSC diz que os pais se apropriaram de R$ 201.150 mil da campanha. A família mora em Joinville. A criança tem Atrofia Muscular Espinhal (AME).

Com o recebimento da denúncia, os acusados têm 10 dias para apresentarem resposta à Justiça.

Menino Jonatas sofre de Atrofia Muscular Espinhal — Foto: Reprodução/NSC TV

Denúncia

Jonatas foi diagnosticado com AME em março de 2017. O tratamento indicado para ele são doses de uma vacina importada dos Estados Unidos, no valor total de R$ 3 milhões.

Sem condições de arcar com essa quantia, os pais fizeram a campanha. Em maio do ano passado, eles anunciaram nas redes sociais que conseguiram os R$ 3 milhões, mas continuaram a arrecadação para poder cobrir gastos com os equipamentos para manter o menino em casa.

Porém, não divulgaram com transparência a forma como era usado o dinheiro da campanha. Conforme o MPSC, com parte desses recursos, os pais compraram celulares, peças de carro, um faqueiro, um skate, roupas, sapatos, joias, pagaram academia para eles e parentes, um carro no valor de R$ 140 mil, contas em restaurante e casa noturna, aparelho de som e uma viagem a Fernando de Noronha no valor de R$ 7.883,12.

Além disso, ainda em 2017, conforme a acusação, convenceram pessoas que ajudaram na arrecadação do dinheiro a entregarem quantias pessoalmente, dizendo que a conta da campanha estava bloqueada. Porém, essa determinação judicial só ocorreu em janeiro deste ano.

Conforme o MPSC, essa apropriação indevida dos valores da campanha ocorreu entre março e dezembro de 2017.

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