Por g1


Cabeça da bebê ainda com o feto dentro, após a anestesia para a cirurgia, e tomografia computadorizada da cabeça da criança. — Foto: American Journal of Case Reports

Com uma incidência de 1 em 500 mil nascimentos, fetus in fetu (ou gêmeo parasita) é uma malformação rara onde o feto se desenvolve dentro do corpo do seu gêmeo. A condição pode aparecer em qualquer idade, mas é mais comum na infância, em pacientes com menos de 18 meses de vida.

Normalmente, a condição ocorre no retroperitônio (região posterior do abdômen). Contudo, já foram descritos casos em outros locais, como a boca, crânio e sacro.

Especialistas acreditam que o feto parasita se desenvolva durante o início da gestação. Na maioria dos casos, o gêmeo parasita não tem cabeça e nem coração. Já estruturas como pele, tecido intestinal, ossos e cartilagem costuma estar presentes no fetus in fetu.

O diagnóstico pode ser feito por ultrassonografia, radiografia simples, tomografia computadorizada e ressonância magnética. O tratamento é a retirada do gêmeo parasita. A cirurgia é recomendada não apenas para aliviar os sintomas do paciente, mas também para evitar possíveis complicações, como infecções ou problemas de crescimento.

Gêmeo parasita no crânio

Médicos retiraram um feto parasita do cérebro de uma bebê chinesa de um ano. Segundo o relato publicado na revista científica American Journal of Case Reports, ele tinha 18 centímetros e já havia desenvolvido braços, olhos e cabelo.

Na 33ª semana de gestação, durante um check-up pré-natal de rotina, foi identificado que o perímetro cefálico do feto estava maior do que o esperado para o período.

Devido à incapacidade de determinar qual seria o problema por meio de ressonâncias magnéticas, foi realizado um parto com 37 semanas. Ao nascer, a cabeça do bebê era maior do que a de um bebê com a mesma idade.

Ao longo de ser desenvolvimento, apesar de não apresentar sintomas como náusea ou vômito, a criança só conseguia levanter ligeiramente a cabeça. Era incapaz de se sentar ou caminhar e só conseguia pronunciar a palavra "mãe".

Uma tomografia computadorizada de crânio revelou tecidos moles e ossos semelhantes a um membro na área intracraniana.

Os médicos acreditaram que poderia se tratar de um grande tumor por conta das defesas produzidas pelo corpo da menina ao redor do feto.

Foi realizada uma cirurgia para a retirada do feto. A paciente ficou inconsciente após a cirurgia e teve convulsões difíceis de serem controladas. A criança faleceu 12 dias após o procedimento.

Instituto Estadual do Cérebro faz pesquisas com clones de tumores cerebrais

Instituto Estadual do Cérebro faz pesquisas com clones de tumores cerebrais

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!