Por g1 RS


Cais Mauá, em Porto Alegre — Foto: Luciano Lanes/PMPA

O ciclone extratropical que provocou ventania no Rio Grande do Sul vai afastar a instabilidade e deixar o tempo seco pelos próximos dias. A ausência da chuva é um alívio para o estado que viu os temporais e as cheias deixarem 169 mortos desde o final de abril. O volume de chuva superou mil milímetros em algumas cidades (veja abaixo).

Nesta quarta-feira (29), o sol volta a aparecer, ainda que entre nuvens. Um ar frio de origem polar deixa o amanhecer com mínimas entre 7°C e 9°C em grande parte do estado. Na Região Metropolitana, a previsão é de 11°C.

No Litoral Norte e na Serra ainda há previsão de chuva – rápida e fraca – durante a manhã. Os ventos devem variar de 70 a 90 km/h no Litoral, afirma a Climatempo.

A partir de quinta (30), aumenta a condição para o registro de geada na Serra e na Região dos Vales.

  • Porto Alegre
    Sem previsão de chuva, ao menos, até domingo (2)
  • Tramandaí (Litoral)
    Previsão de chuva na quarta, sem chuva até domingo (2)
  • Caxias do Sul (Serra)
    Previsão de garoa na quarta, sem chuva até sábado (1º)
  • Santa Maria (Central)
    Sem previsão de chuva, ao menos, até domingo (2)
  • Lajeado (Vale do Taquari)
    Sem previsão de chuva, ao menos, até domingo (2)
  • Santa Cruz do Sul (Vale do Rio Pardo)
    Sem previsão de chuva, ao menos, até domingo (2)
  • Pelotas (Sul)
    Sem previsão de chuva, ao menos, até sexta (31)
  • Uruguaiana (Fronteira Oeste)
    Sem previsão de chuva, ao menos, até domingo (2)
  • Santa Rosa (Noroeste)
    Sem previsão de chuva, ao menos, até sábado (1º)
  • Passo Fundo (Norte)
    Sem previsão de chuva, ao menos, até sábado (1º)

Mês chuvoso

As chuvas chegaram com for��a ao Rio Grande do Sul no dia 29 de abril. Medições apontam que ao menos cinco municípios registraram acumulados superiores a mil milímetros entre 28 de abril e 28 de maio: Fontoura Xavier, Caxias do Sul, Cerro Branco, Guaporé e Sinimbu.

Imagens aéreas mostram antes e depois de áreas alagadas em Porto Alegre

Imagens aéreas mostram antes e depois de áreas alagadas em Porto Alegre

Os dados, levantados pela Climatempo, foram obtidos pelo monitoramento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Maiores acumulados de chuva no RS
Verde = Cemaden | Azul = Inmet | Roxo = ANA
Fonte: Cemaden, Inmet e ANA

Em Porto Alegre, o mês de maio foi o mais chuvoso da série histórica de análises, iniciada em 1916. No intervalo entre o início do temporal e o dia 28 de maio, o acumulado na Capital chegou a 694,4 milímetros, conforme o Inmet.

Apenas em maio, foram 522,8 milímetros. A marca ultrapassou chuvas históricas, como a de 1941 e a de novembro de 2023.

Maiores volumes de chuva mensais já registrados em Porto Alegre
Dados de 1916 a 2024 – *Até 28 de maio de 2024
Fonte: Climatempo e Inmet

Já são 169 mortes em razão dos temporais e cheias que afetam o RS desde 29 de abril. Até esta quarta-feira (29), a Defesa Civil do estado contabilizava 50 pessoas desaparecidas.

Além disso, o estado registra 806 pessoas feridas e cerca de 630 mil pessoas fora de casa, somando quem está em abrigos e quem está desalojado, ou seja, está na casa de parentes ou amigos.

  • Mortos: 169
  • Desaparecidos: 50
  • Feridos: 806
  • Pessoas em abrigos: 48.789
  • Pessoas desalojadas: 581.638
  • Pessoas afetadas: 2.345.400
  • Pessoas resgatadas: 77.729
  • Animais resgatados: 12.527
  • Municípios afetados: 471 (de 497)

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