Por g1 RS


Sede do MP de Guaporé (RS) — Foto: MP/Divulgação

O Ministério Público denunciou, na sexta-feira (23), duas diretoras de uma creche pelo crime de tortura contra crianças em Serafina Corrêa, na Serra do Rio Grande do Sul. As acusadas estão presas preventivamente, desde 25 de janeiro, no Presídio Estadual de Guaporé.

As identidades das mulheres presas e da creche, que é da rede privada, não foram divulgadas pela polícia porque isso poderia expor as crianças.

Os crimes teriam sido cometidos contra crianças de sete meses a quatro anos de idade. O promotor Cl��udio da Silva Leiria afirma que os episódios ocorreram entre 2022 e 2024.

Conforme Leiria, também foi instaurado um expediente na Promotoria de Guaporé para acompanhar as ações do poder público em relação ao caso e assegurar assistência às supostas vítimas de tortura.

Fechamento cautelar

A Secretaria Municipal da Educação e os conselhos Municipal de Educação e Tutelar afirmam que nunca tinham recebido denúncias contra a creche. Após as prisões, o Conselho Municipal de Educação determinou o fechamento, de forma cautelar e por tempo indeterminado, da escola

De acordo com a presidente do conselho, Susana De Pauli, a medida se justifica por duas razões: "a necessidade de adotar medidas preventivas para garantir a segurança e o bem-estar dos alunos" e porque "a instituição está atualmente sem ocupantes nas funções essenciais de diretora, vice-diretora e coordenadora pedagógica".

A secretária municipal de Educação, Fernanda Tapparo, conta que todas as crianças que estavam matriculadas na creche foram encaminhadas para outras instituições.

Investigação policial

De acordo com a Polícia Civil, a tia de uma das crianças denunciou que a sobrinha, que tem dois anos, apresentou ferimentos pelo corpo, com a suspeita de que teriam sido causados por mordidas.

A família tentava conversar com ela, mas a menina sempre permanecia calada, até que cedeu e indicou uma das mulheres presas como a responsável pelas agressões.

Já a mãe de outra criança contou que a filha sofria castigos, como ser trancada dentro do box de um dos banheiros com a luz apagada, sendo deixada no escuro por mais de uma hora, além de agressões físicas.

Outros pais também teriam buscado a Polícia Civil para denunciar casos de maus-tratos que seus filhos teriam sofrido na instituição de ensino.

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