Por g1 RS


Enid Backes tratava um enfisema pulmonar — Foto: Arquivo Pessoal

A socióloga Enid Backes, precursora do movimento feminista no Rio Grande do Sul, morreu, aos 93 anos, na tarde de terça-feira (22) em Nova Petrópolis, na Serra. Ela estava internada no hospital do município. Segundo Laura Backes, filha de Enid, ela tratava um enfisema pulmonar nos últimos anos.

"Foi uma despedida muito tranquila. Ela não precisou utilizar nenhuma medicação para dor. Quando ela partiu, parecia que estava dormindo", comenta Laura.

Na vanguarda do movimento feminista, Backes era uma ativista social. Participou da redemocratização do país, lutava pelos direitos humanos, direitos das mulheres e de trabalhadores e trabalhadoras ligados a sindicatos.

Em 1982, chegou a ser candidata a deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT), do qual foi uma das fundadoras. Devido a sua atuação no movimento feminista no RS, ainda nos anos 1970, a socióloga foi convidada a liderar a primeira Coordenadoria Municipal da Mulher no Estado.

"Ela teve uma grande virada na vida dela. Quando meu pai morreu, ela estava se organizando para ingressar na faculdade de ciências sociais. A partir daí, ela se conectou com vários movimentos que estavam ocorrendo naquele momento", conta Laura.

Mãe de sete filhos, Backes informou à família que não queria que houvesse um velório com o corpo dela. Ela doou o corpo para Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

Além dos sete filhos, Backes deixa 15 netos e oito bisnetos.

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