Por Maria Eduarda Ely, RBS TV


Missa em São Leopoldo marcou um ano do desaparecimento de Alessandra Dellatorre — Foto: Reprodução/RBS TV

Uma missa em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, neste domingo (16), marcou um ano do desaparecimento de Alessandra Dellatorre. Familiares e amigos se reuniram na Paróquia Santa Catarina de Alexandria em memória da advogada, que sumiu em 16 de julho de 2022, aos 29 anos, após sair de casa para caminhar.

"É bem estranho. A vida vai seguindo, parece que está na normalidade, mas quando bate aquele 'meu deus, aconteceu mesmo', é uma mistura de sentimentos. Nosso sonho maior é vê-la entrando pelo portão da casa dela, como se nada tivesse acontecido, entrando e dando oi', diz Guilherme Zagonel, namorado de Alessandra.

Alessandra desapareceu após sair para caminhar na Avenida Unisinos, em São Leopoldo, e não foi mais vista. Segundo a família, ela não levou o celular, nem documento de identificação. Imagens de câmeras de segurança mostram Alessandra usando um moletom preto e calça da mesma cor.

O local em que Alessandra foi vista pela última vez é próximo a um lugar com vegetação alta. A polícia, com auxílio dos bombeiros e de voluntários, fez buscas pela mata à época. Cães farejadores e um helicóptero auxiliaram nos trabalhos. Cartazes com o rosto de Alessandra foram espalhados pelo local.

Esperança

Um ano depois do desaparecimento, a esperança de encontrar Alessandra segue viva em familiares e amigos. As buscas não pararam durante esse período. Cartazes com a foto da advogada e o pedido por informações estão espalhados por diferentes pontos da cidade.

Últimas imagens de Alessandra Dellatorra mostram advogada caminhando em São Leopoldo — Foto: Reprodução

Durante as buscas, foi localizada uma garrafa plástica usada pela advogada no dia do sumiço. Em janeiro, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) concluiu o laudo, que encontrou uma mistura de um medicamento para tratar transtorno de déficit de atenção e uma bebida energética com cafeína, geralmente usada em pré-treinos físicos. Para o advogado da família, o resultado enfraquece a possibilidade de suícidio.

"Temos esperança de encontrar, sim, ela com vida. Nós tivemos em princípio uma varredura total, foi o que os bombeiros afirmaram na época. Exatamente por isso, a posição da família é pela ausência da possibilidade de suicídio, porque ninguém se mata e esconde o próprio corpo, e nós não encontramos corpo na região da mata", diz o advogado Matheus Trindade.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Leopoldo. O inquérito segue em andamento, mas novos indícios não foram encontrados. E depois de um ano, a polícia ainda não descarta nenhuma possibilidade para o desaparecimento.

"É difícil lidar com hipóteses, o que temos são os fatos. Os fatos são que ela entrou naquela mata e não temos certeza de que ela saiu. Os cães farejadores não conseguiram dar certeza de que ela saiu", avaliou a delegada Mariana Studart, em entrevista à RBS TV nesta sexta (14).

Quem tiver informações que possam ajudar na investigações pode entrar em contato com a polícia civil pelo telefone 0800-642-0121.

Familiares e amigos de Alessandra Dellatorre se reuniram em uma missa na Paróquia Santa Catarina de Alexandria, em São Leopoldo — Foto: Reprodução/RBS TV

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