Por Henrique Coelho, G1 Rio


João Pedro Mattos Pinto, morto em operação em São Gonçalo — Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil adiou a reprodução simulada da operação das polícias Civil e Federal que terminou com a morte do adolescente João Pedro Mattos, de 14 anos, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí tinha marcado a diligência do caso para esta terça-feira (9).

A decisão foi tomada após a decisão do Supremo Tribunal Federal que proíbe operações policiais no Estado enquanto durar a pandemia do novo coronavírus.

Na última semana, a Defensoria Pública do Rio, que faz a defesa dos familiares de João Pedro, afirmou que a reprodução simulada, sem que os policiais fossem ouvidos pelo Ministério Público, seria "prematura".

Nesta segunda-feira, já estava alinhavado que a família e os amigos do adolescente não participariam da reconstituição da operação.

Mapa mostra onde João Pedro morreu e para onde foi levado — Foto: Infografia: Juliane Monteiro/G1

Laudo inconclusivo

Mesmo após o resultado da perícia do projétil que atingiu o menino João Pedro ser inconclusivo, investigadores afirmaram que ainda é possível identificar o autor dos disparos.

De acordo com o laudo, não dá para afirmar se o tiro partiu de um dos quatro fuzis apreendidos com os policias da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).

O documento aponta que João Pedro foi atingido por um fragmento da munição. Os peritos acreditam que a bala bateu em uma parede antes de perfurar as costas do menino.

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