Por RJ2


Imagens mostram homens levando caixa de apartamento suspeito da morte de Marielle e Anderson

Imagens mostram homens levando caixa de apartamento suspeito da morte de Marielle e Anderson

A Polícia Civil do Rio de Janeiro obteve imagens de uma câmera de segurança que mostram três homens tentando entrar em um apartamento do PM reformado Ronnie Lessa - acusado da morte da vereadora Marielle Franco - horas depois da prisão dele ocorrida em março.

Como mostrou o RJ2 nesta quarta-feira (3), as imagens são da madrugada do dia 13 de março. No primeiro trecho, às 2h27, um carro branco entra no condomínio que fica no bairro do Pechincha, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade.

Segundo a polícia, o carro utilizado pelos homens tem a placa clonada e dentro estão três pessoas que, ainda de acordo com a investigação, tentaram recolher armas no apartamento. O local seria utilizado pelo policial reformado, acusado de atirar em Marielle e o motorista Anderson Gomes, para guardar suas armas.

Em outro trecho da imagem é possível ver um carro parando. Logo depois, dois homens deixam o veiculo e vão até a portaria do condomínio. Um deles está vestido como um policial. Ele volta sozinho até o carro, fala com o motorista, e vai de novo em direção à guarita.

Minutos depois, eles voltam acompanhados de duas pessoas. Os quatro conversam por algum tempo e voltam pra guarita. O carro vai embora às 3h da manhã.

Segundo a polícia, os homens foram até lá para tirar do apartamento as armas usadas no crime. Eles tentaram entrar, mas não conseguiram. A polícia diz que horas depois, na tarde do dia 13 de março, um deles retornou ao local e saiu do apartamento com uma caixa. Era Márcio Montavano, conhecido como Márcio Gordo.

Dias depois, Josinaldo Freitas, conhecido como Dijaca, teria jogado as armas no mar, de acordo com as investigações.

Armas jogadas no mar

Nesta terça-feira (2), o RJ2 revelou o depoimento de um barqueiro que diz ter sido contratado por um homem que jogou seis fuzis e várias caixas no mar da Barra da Tijuca.

O barqueiro relatou ter visto apenas fuzis, mas a polícia suspeita que a metralhadora MP-5, usada no assassinato de Marielle, poderia estar numa das caixas. Buscas foram feitas em março, mas nada foi encontrado.

Márcio Gordo, o Dijaca, um cunhado e a mulher de Ronnie Lessa prestaram depoimento nesta terça na Divisão de Homicídios. Eles são suspeitos de atrapalhar as investigações do caso Marielle.

Nesta quarta, delegados da Polícia Civil se reuniram com a Marinha. O Departamento Geral de Homicídios quer informações da Marinha que possam ajudar a encontrar as armas usadas no crime.

Eles querem informações sobre estudos de marés e correntes marítimas e até a possibilidade de usar equipamentos da Marinha para tomar a decisão de fazer novas buscas no mar.

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