Por g1 PR e RPC Ponta Grossa


Polícia e Bombeiros buscam por adolescente grávida desaparecida no Paraná

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O desaparecimento de Isis Victoria Mizerski, adolescente de 17 anos que está grávida e não foi mais vista desde o dia 6 junho, completa três semanas nesta quinta-feira (27).

Na mesma data, o advogado que representa a família da jovem, Claudio Dalledone, concedeu uma entrevista coletiva ao lado do tio de Isis, Rodrigo Mizerski, comentando o caso. Ele afirmou que o escritório de advocacia vai abrir uma investigação paralela para ajudar na apuração sobre o paradeiro da adolescente.

"Num primeiro momento precisamos saber se ela está viva ou morta. A partir disso que se desenvolvem caminhos para o processo. Os familiares acordam com a esperança de encontrar ela viva e adormecem com o sentimento dessa menina estar morta. A família está num turbilhão emocional muito grande”, contou.

Isis é de Tibagi, cidade dos Campos Gerais do Paraná, e de acordo com as investigações sumiu após sair para se encontrar com o vigilante Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê que ela está esperando. Ele está preso e nega envolvimento em qualquer crime. Relembre detalhes do caso mais abaixo.

Segundo Dalledone, a polícia está trabalhando com indícios do que aconteceu com a adolescente.

"Precisamos de prova, de vida, ou prova de que ela está morta. Vamos integrar o nosso núcleo de inteligência do escritório, cruzar dados e fazer uma profunda pesquisa, sem invadir a esfera de atuação da polícia. Vamos auxiliar”, garante o advogado.

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De acordo com ele, a mãe de Isis não participou da coletiva por estar abalada. Rodrigo, tio da jovem, afirma que a família acredita que Marcos tem envolvimento no desaparecimento da menina.

"Enquanto nós estamos num quebra-cabeça, o suspeito se encontra numa cela protegido, sem falar e aguardando se vão encontrar algo que ele fez", disse.

Marcos foi ouvido antes de ser preso e, desde que foi detido - no dia 17 de junho - não foi mais interrogado. O delegado Jonas Avelar, responsável pelo caso, afirma que aguarda o resultado de perícias, diligências e testemunhas para ter mais subsídios para a nova conversa.

Isis Victoria Mizerski — Foto: Arquivo da família

Na quarta-feira (26), o delegado também disse que a polícia suspeita que há mais pessoas envolvidas no desaparecimento, mas prefere não dar detalhes para não atrapalhar as investigações.

No mesmo dia, o Corpo de Bombeiros retomou as buscas pela jovem com uma mudança na estratégia: enquanto antes as buscas eram feitas apenas em áreas de mata, agora o foco são margens de rios que ficam entre Tibagi e Telêmaco Borba.

O motivo são denúncias anônimas recebidas pela Polícia Civil, segundo o delegado Jonas Avelar.

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Segundo familiares de Isis, a jovem teve um envolvimento amoroso com Marcos e engravidou do vigilante, mas ainda não havia revelado a gravidez para todos.

A jovem disse para a irmã e para uma prima que planejava contar à mãe que estava grávida na mesma noite em que sumiu e que, apesar de Marcos querer que ela fizesse um aborto, ela tinha a intenção de ter o bebê e estava escolhendo o nome da criança.

No primeiro depoimento, no dia 10 de junho, Marcos Vagner de Souza confirmou que se encontrou com Isis no dia que ela desapareceu. Segundo o delegado Jonas Avelar, ele disse que a deixou em uma vila da cidade, negando ter envolvimento em qualquer crime.

Dias depois, a polícia apreendeu celulares e outros pertences do vigilante e no dia 14 um mandado de prisão foi expedido em nome dele.

Marcos Vagner de Souza é considerado foragido pelo desaparecimento de Isis Victoria Mizerski — Foto: Polícia Civil do Paraná

O homem se entregou à polícia três dias depois e está preso desde 17 de junho.

"A Polícia Civil segue investigando o caso e realizando todas as diligências cabíveis a fim de localizar a vítima e esclarecer os fatos. Testemunhas confirmaram durante oitivas que o suspeito, antes do desaparecimento, estaria procurando adquirir remédio abortivo. Além disso, a Polícia constatou que a última localização do celular do suspeito é a mesma notificada pelo celular da vítima", disse a corporação, em nota.

A defesa de Marcos afirma que o homem não tem envolvimento com o desaparecimento da jovem. O advogado Renato Tauille reforça que o vigilante deixou a jovem em uma vila da cidade e diz que não há provas que ele tenha cometido algum crime.

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