28/03/2012 02h49 - Atualizado em 28/03/2012 09h42

      Gipsy Kings faz show no Rio com 'participação especial' do público

      Músicos ciganos convidaram mulheres da plateia para dançar no palco.
      Repertório incluiu sucessos como 'Bamboleo', 'Volare' e 'Djobi djoba'.

      Henrique PortoDo G1 RJ

      As fãs dos Gipsy Kings que assistiram ao show da banda de rumba flamenca na noite desta terça-feira (27), no Citibank Hall, no Rio de Janeiro, tiveram a oportunidade de participar da apresentação de uma maneira um pouco mais próxima do que de costuma. À convite dos próprios músicos, tal qual costuma fazer o cantor e guitarrista Chuck Berry, três mulheres (uma de cada vez) subiram ao palco para dançar. Paramentadas com a típica vestimenta cigana, evoluíram entre os cantores, num show marcado por grande interação do público.

      Os Gipsy Kings durante show no Rio: repertório incluiu os sucessos 'Volare', 'Djobi djoba' e 'Bamboleio', além de baladas e números instrumentais (Foto: Alexandre Durão/G1)Os Gipsy Kings durante show no Rio: repertório incluiu os sucessos 'Volare', 'Djobi djoba' e 'Bamboleio', além de baladas e números instrumentais (Foto: Alexandre Durão/G1)

      Muita gente ainda procurava pelos assentos marcados da casa de espetáculos quando a banda francesa começou a tocar. Com apenas 10 minutos de atraso (o show estava programado para as 21h30), os músicos nem deram chance para a plateia se acomodar. A instrumental "Rumba tech" abriu o show e foi logo seguida de "Djobi djoba", um dos maiores sucessos dos Gipsy Kings.

      A estrutura do show é simples: nada de cenário, telões ou efeitos visuais. A estrela do espetáculo são os cinco violões empunhados com bastante competência pelos membros das famílias Reyes (Canut, Nicolas, Pablo e Patchai) e Baliardo (Diego, Paco e Tonino). Virtuosos e vigorosos na maneira de tocar o instrumento, poderiam ser considerados representantes máximos do "heavy metal acústico", se o gênero existisse.

      A julgar pelo comportamento da plateia, os mais de 14 milhões de álbuns do grupo vendidos ao redor do mundo são justificados. O público cantou, dançou e bateu palmas em quase todos os números. Nem os mais velhos resistiram à suingueira dos músicos originários dos assentamentos de ciganos no Arles e Montpelier, no sul da França. Na metade do show, já não havia mais a rigidez dos lugares marcados. Estavam quase todos de pé, boa parte se espremendo por um espaço mais próximo do palco.

      Banda francesa volta a se apresentar nesta quarta-feira (28), no palco do Credicard Hall, em São Paulo (Foto: Alexandre Durão/G1)Banda francesa volta a se apresentar nesta quarta-feira (28), no palco do Credicard Hall, em São Paulo (Foto: Alexandre Durão/G1)

      O roteiro do show é baseado em músicas instrumentais, como "Cuba", "Tampa" e a já citada "Rumba tech"; algumas românticas, caso de "Un amor" ("Senhoras e senhores, quero cantar esta música com meu coração", anunciou o cantor e violonista Nicolas Reyes pouco antes da introdução); e os estrondosos sucessos, como "Volare" e "Bamboleo", que encerrou o show de forma apoteótica.

      Improvisos também fizeram parte da performance da banda, que não economizou nas notas durante os solos de violão. A percussão também teve seu momento de brilho com Rodolfo Pacheco, que empolgou o público com as congas.

      Ao fim do espetáculo, Nicolas ainda se desculpou por causa da rouquidão. "É que tenho dormido pouco", justificou o músico. Mas a plateia pareceu não se importar. Se dependesse dela, Nicolas continuaria a cantar madrugada adentro E seguiria sem dormir para São Paulo, onde o grupo faz mais um show nesta quarta (28), no Credicard Hall.