Por Pedro Alves Neto, Gustavo Garcia, g1 — Brasília


Sergio Moro concede entrevista a jornalistas depois de o TSE rejeitar recursos que poderiam levar à cassação do mandato de senador — Foto: Reprodução/TV Senado

O senador Sergio Moro (União-PR) comentou nesta quarta-feira (22) a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeitou pedidos de cassação do mandato dele. O parlamentar disse que o julgamento foi técnico, e pediu pelo fim do "espírito de revanchismo".

"O melhor é nós deixarmos de lado esse espírito de revanchismo, e essa polarização exacerbada, que muitas vezes embota o nosso raciocínio e impede que nós busquemos convergências naqueles pontos comuns", disse, em entrevista coletiva no Senado.

Moro afirmou que as acusações contra ele eram mentirosas e que a decisão do TSE foi independente. Segundo o senador, houve pressão e "boatos exagerados" sobre a cassação do mandato , mas que saiu com uma "vitória".

"Ano passado, muita gente afirmava, sem conhecimento, que era impossível a preservação do meu mandato. Que eram favas contadas, até com certo desrespeito ao Judiciário, que meu mandato seria cassado", disse nesta quarta.

"Aí nós temos que nos orgulhar do nosso Judiciário que mostrou essa independência", afirmou.

Julgamento no TSE

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Na terça-feira (21), por unanimidade, o TSE rejeitou recursos contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que absolveu o senador Sergio Moro de acusações de abuso de poder econômico, caixa dois e uso indevido dos meios de comunicação, nas eleições de 2022.

As ações apresentadas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança acusavam Moro e seus suplentes de irregularidades nos gastos realizados na pré-campanha e nos repasses de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral.

Em abril, o TRE-PR rejeitou os pedidos, por 5 votos a 2. Os magistrados consideraram que não havia provas das irregularidades apontadas.

Os autores das ações apresentaram recursos ao TSE, que foram rejeitados nesta terça. O relator do caso, ministro Floriano de Azevedo Marques, também não viu provas das acusações, e foi acompanhado pelos demais ministros participantes do julgamento.

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