Tudo por Dilma

sex, 27/02/09
por Cristiana Lôbo |
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      O presidente Lula está satisfeito com o andamento da pré-candidatura da ministra Dilma Roussef – embora insista em dizer que até agora não falou com ela sobre o assunto. (Aliás, esse discurso de Lula é motivo de gracejos no Palácio do Planalto. Lula diz que não falou com Dilma para que ela não fique carimbada como candidata e, assim com movimentos políticos tolhidos). Lula acha que a oposição ajuda a carimbar a imagem dela na sua e isso tem ajudado a torná-la mais conhecida.

     Para os estrategistas do Planalto, agora é hora de Dilma “costurar para dentro”. Isso quer dizer aumentar o número de conversas políticas com representantes dos partidos que podem ou devem apoiá-la. Dilma teve longo café da manhã com o presidente  do PT paulista na semana passada e pretende aumentar estes encontros.

      Ela está cumprindo com determinação o cronograma de candidata. Lula tem dito que fará tudo para elegê-la sua sucessora. Se precisar, poderá até licenciar-se do cargo por alguns dias no período mais quente da campanha em 2010.

     É esperar para ver.

Em fila

sex, 27/02/09
por Cristiana Lôbo |
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      Está sendo feito um levantamento sobre o andamento de todos os processos que tramitam na Justiça sobre casos de invasão de terras e prédios públicos pelo MST e MSLT e outros movimentos sociais.

     Isso ganha importância depois que o presidente do STF, Gilmar Mendes, diz que é ilegal a transferência de recursos para entidades que promovam invasões.

     Essa briga vai longe…

É muita gente!

sex, 27/02/09
por Cristiana Lôbo |
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    Neste momento, 378 homens públicos brasileiros respondem a processo no Supremo Tribunal Federal. Isso quer dizer que mais da metade dos 594 parlamentares e dos 35 ministros estão respondendo a processos na Justiça. São deputados, senadores e ministros que têm a chamada “prerrogativa de foro” – ou seja, o direito de responder a processos perante o Supremo Tribunal Federal e não perante a Justiça em seus Estados. São 275 inquéritos e 103 ações penais em acusações de desvio de dinheiro público, crimes de reponsabilidade, crimes contra o Sistema Financeiro e fraude em licitação.

     O levantamento foi feito pelo próprio STF e mostra que vem aumentando fortemente o número de políticos com processos na Justiça. Em 2007, eram apenas 50. O número aumenta porque as investigações também crescem, mas há também casos de disputa política que se transforma num processo.

     Tudo isso, sem contar que mais sete governadores estão sendo julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por crimes eleitorais. Um, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) já perdeu o mandato.

     Fica a pergunta: Estamos melhorando ou piorando a nossa representação política?

    Atualização: Vale lembrar que muitos processos contra políticos ficam “passeando” pelas diversas instâncias do Judiciário. Isso, aliás, pode ser considerado em alguns casos estratégia para escapar do julgamento. Se o político é prefeito, o processo tramita no Tribunal de Justiça de seu Estado; se ele se elege governador, um eventual processo segue para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mas se ele se elege deputado ou senador ou é nomeado ministro, vai para o Supremo Tribunal Federal. Neste caso, se o mandato se encerra ou ele perde o posto, o processo volta para a instância inferior. E neste vai-e-vem, perde-se (ou se ganha, no ponto de vista deles) anos até que o processo seja julgado.

Duas visões da crise

qui, 19/02/09
por Cristiana Lôbo |
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      Os ministros Gudo Mantega e Henrique Meirelles, da Fazenda e do Banco Central, avaliam que a economia do Brasil começa a dar sinais “ainda que modestos” de recuperação. Mantega enumera alguns indicadores como a volta do crédito aos níveis de setembro, portanto, Iantes da explosão da crise financeira mundial; investimentos estrangeiros diretos não caíram; já há retomada no setor automobilístico e, por fim, as commodities começam a recuperar o preço no mercado internacional. Além disso, todos os indicadores de janeiro e fevereiro são positivos.

     Já o economista Armínio Fraga, em palestra no Instituto Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, que tinha na platéia o governador José Serra, traçou um cenário menos positivo. Para ele, vai haver um arrefecimento da economia – uma espécie de soluço – e, em seguida, ela volta a cair.

     No caminho do meio, segue a CNI que prevê cenários diferentes para os Estados. Em reunião com representantes de todos os Estados, a avaliação foi a de que os Estados de Minas e Espírito Santo são os que mais sofrem com a crise por conta da economia estar sustentada no setor siderúrgico, um dos mais afetados pela crise. Situação melhor têm o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A situação melhor fica para os Estados do Nordeste e Norte, que receberam injeção maior dos programas sociais do governo e do reajuste do salário mínimo. Estes volume de dinheiro tem garantido o mercado interno nos setores de alimentação e eletrodomésticos.

     A grande surpresa é o Estado de Mato Grosso. Por lá, a crise não passou. A arrecadação não caiu.

A fila é grande

qui, 19/02/09
por Cristiana Lôbo |
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     Pelo que vimos, a fila começou a andar. Isso, lá no Tribunal Superior Eleitoral com a decisão que permitiu, nesta quarta-feira, a posse de José Maranhão (PMDB) no governo da Paraíba, substituindo o tucano Cássio Cunha Lima que teve o mandato cassado, sob a acusação de uso do poder econômico e político nas eleições de 2006.

 Nesta quinta-feira, será a vez do julgamento do processo contra o governador do Maranhão, Jackson Lago, também acusado de uso do poder econômico e da mídia em seu favor, nas mesma disputa de 2006. Se o TSE seguir o mesmo caminho e cassar Lago, haverá o retorno da família Sarney no governo do Maranhão. Assim como José Maranhão, Roseana é a segunda colocada e, assim, ela espera assumir o cargo.

     A fila não acaba aí. Outros seis governadores estão respondendo a processo na Justiça Eleitoral. Nos próximos dias, o TSE vai julgar o caso do governador de Santa Catarina, Luis Henrique. Outros quatro governadores estão na mesma situação: Marcelo Miranda, do Tocantins; Ivo Cassol, de Rondônia; José Anchieta, de Roraima; Carlos Valdez, do Amapá. Há, ainda, um processo contra Wellington Dias, do Piauí, que está sendo acusado de distribuir eleitoralmente carteiras de motorista.

      Pelo que se vê, a ação do TSE é suprapartidária, pois há processos contra governadores de partidos distintos – do PSDB de Cássio Cunha LIma e do PT de Wellington Dias.

Novo ambiente

ter, 17/02/09
por Cristiana Lôbo |
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      O presidente Lula encontrou-se no Itamaraty com o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, um dos mais ácidos na crítica ao governo, e foi logo brincando:

     – Vocês estão votando no PT, bem que poderiam votar o ingresso da Venezuela no Mercosul. São R$ 6 bilhões de fluxo comercial entre os dois países. E se ficarmos mal com a Venezuela, estaremos f… – disse Lula, sorrindo.

      Arthur Virgílio gostou da forma como foi abordado por Lula, mas disse que seu partido tem posição contra .

     O fato é o seguinte: PT e PSDB estão bem mais próximos do que já estiveram nestes seis anos de mandato de Lula. Pelo menos, no que se refere à relação pessoal de seus líderes. E isso se reflete na postura do partido em plenário.

     O voto do PSDB em Tião Viana, mencionado pelo presidente Lula, é que provocou mudança na relação. Agora, em defesa da proporcionalidade dos partidos, o PSDB vai votar na senadora Ideli Salvatti (PT-SC) para a presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado. Já o DEM, parceiro preferencial dos tucanos, vai junto com o PMDB apoiar a indicação de Fernando Collor (PTB). Collor pode vencer por um voto.

Com limites

ter, 17/02/09
por Cristiana Lôbo |
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      José Sarney vai assinar ato, nesta tarde, estabelecendo que as instituições financeiras que queiram conceder empréstimos consignados a funcionários do Senado terão de cobrar, no máximo, 1,6% de juros ao mes. Atualmente, alguns bancos cobram até 3%, mesmo para quem tem ficha limpa.l

      A pretensão de Sarney é que a medida interna do Senado repercuta em outras áreas.

As denúncias de Jarbas

seg, 16/02/09
por Cristiana Lôbo |
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     O senador Jarbas Vasconcelos fez duríssimas críticas ao PMDB em entrevista à Revista Veja, que está nas bancas. Ele disse, sem apontar casos concretos, que a maioria do PMDB está mais interessada em corrupção – daí tanto interesse por cargos. Para exercitar o clientelismo, ganhar comissões e, em alguns casos, prestígio político.

      Durante todo o fim de semana, a cúpula do PMDB ficou em silêncio. Escalou o time de suplentes para defender o partido e criticar Jarbas. E, assim, nivelar o senador pernambucano, que é fundador do partido e por ele já ganhou eleições para prefeitura de Recife e governo de Pernambuco, com ocupantes das vagas de titulares. O mais contundente nas críticas a Jarbas, no domingo, foi o senador Wellington Salgado, suplente de Hélio Costa, que virou ministro. Ele chamou Jarbas de ingrato com o PMDB, injusto e, ainda, de atuar como espião de partidos de oposição nas reuniões do PMDB. E foi mais longe:

      – Se ele quer sair do partido, ele deveria ser homem para fazer as denúncias e pedir para sair e não ficar esperando uma expulsão – disse Salgado.

      Nesta segunda-feira, a reação da executiva nacional do PMDB foi diferente. Teve o objetivo de colocar panos quentes e, desde já, avisa que não pretende transformar as denúncias num processo interno de expulsão de Jarbas do partido.

     A nota da Executiva diz que não responderá as acusações em razão de suas “generalidades” e que se trata de um desabafo do senador.

     Em suma: Jarbas falou o que quis. E o PMDB fez que não ouviu direito.

     E fica tudo como está.

     Melhor para Jarbas que não terá de responder a processo interno no partido. E o PMDB segue como maior partido do país, cobiçado por quem chegar ao poder. E para lá vai, como, aliás, disse Jarbas na sua entrevista.

O PMDB divulgou nota sobre o assunto:

      Em face da entrevista do senador Jarbas Vasconcelos, a Comissão Executiva Nacional do PMDB declara que não dará maior atenção a ela em razão da generalidade das alegações. Não aponta nenhum fato concreto que fundamente suas declarações. Ademais, lança a pecha de corrupção a todo sistema partidário quando diz “a corrupção está impregnada em todos os partidos”. Trata-se de um desabafo ao qual a Executiva Nacional do Partido não dará maior relevo.

                                                                               Brasília, 16 de fevereiro de 2009

                                                                               Comissão Executiva Nacional

Nota do PMDB

seg, 16/02/09
por Cristiana Lôbo |
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 Depois de um final de semana em silêncio, a executiva nacional do PMDB decidiu divulgar uma curta nota na qual classifica de “desabafo” as denúncias feitas pelo senador Jarbas Vasconcelos em entrevista à Revista Veja e informa que não dará maior atenção às denúncias “pela generalidade das alegações”.

Na entrevista, Jarbas afirmou que o PMDB , em sua maioria, está mais interessado em corrupção, e faz críticas diretamente a dois caciques do partido – o presidente do Senado, José Sarney, e o líder da bancada no Senado, Renan Calheiros.

A íntegra da nota do PMDB é a seguinte:

         Em face da entrevista do senador Jarbas Vasconcelos, a Comissão Executiva Nacional do PMDB declara que não dará maior atenção a ela em razão da generalidade das alegações. Não aponta nenhum fato concreto que fundamente suas declarações. Ademais, lança a pecha de corrupção a todo sistema partidário quando diz “a corrupção está impregnada em todos os partidos”. Trata-se de um desabafo ao qual a Executiva Nacional do Partido não dará maior relevo.

                            Brasília, 16 de fevereiro de 2009

                            Comissão Executiva Nacional

Caixa forte

sex, 13/02/09
por Cristiana Lôbo |
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    O ministro Tarso Genro disse que nunca antes neste país houve tanta apreensão de dinheiro de brasileiros no exterior: US$ 3 bilhões só em sua gestão no Ministério da Justiça.

      Ele faz questão de atribuir o feito ao secretário Romeu Tuma Junior.