Raupp cogita lançar Requião se PMDB não apoiar Dilma

sex, 07/03/14
por Gerson Camarotti |

O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), não escondeu a preocupação sobre as relações com o PT numa conversa com Jorge Picciani, presidente do PMDB do Rio de Janeiro. Ao ouvir de Picciani que já havia decisão local de retirar o apoio à reeleição de Dilma Rousseff e desejo de apoiar a candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB), Raupp fez uma intervenção.

“Neste caso, de não apoiar a Dilma, o melhor seria lançar uma candidatura própria como a do senador Roberto Requião (PMDB-PR). O Requião aceita o desafio. Ele teria 10% dos votos no início da campanha”, disse Raupp, para surpresa de Picciani.

Publicado às 7h37.

Cunha: ‘Estou em Roma para aprender como Nero colocou fogo em tudo’

qui, 06/03/14
por Gerson Camarotti |

Apesar da crise com o PT, o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), não perdeu o humor nas conversas com integrantes do partido. Ele decidiu passar o feriadão em Roma. Mas intensificou os telefonemas desde que se agravou a crise política com o Palácio do Planalto. Para um interlocutor, brincou ao explicar o motivo de ter optado pela capital italiana para passar o Carnaval. “Estou em Roma para aprender como Nero colocou fogo em tudo”, ironizou Cunha, numa referência à teoria histórica de que foi o próprio Nero, imperador da Roma Antiga, que causou o incêndio na cidade.

Publicado às 19h35

Morre o conciliador do ninho tucano

qui, 06/03/14
por Gerson Camarotti |
categoria Política

Lembro muito do então senador Sérgio Guerra na coordenação da campanha à presidência de Geraldo Alckmin, em 2006. Guerra assumiu comando do ninho tucano em um momento de dificuldades para a oposição. Nesse cenário adverso, ele se destacou como o grande conciliador do PSDB.

Naquela ocasião, Alckmin estava com dificuldades para enfrentar o favoritismo do então presidente Lula, que disputava a reeleição. Muitos tucanos abandonaram Alckmin pelo caminho. Sérgio Guerra se manteve ao lado de Alckmin em todos os momentos da disputa.

Em 2010 o cenário se repetiu. Havia disputas internas para indicar o candidato do partido. Durante a campanha, mais uma vez os tucanos enfrentaram dificuldades na disputa com a então candidata petista Dilma Rousseff. Apesar de ter sido abandonado por setores do partido, o candidato do PSDB, José Serra sempre pôde contar com a lealdade do ex-presidente da legenda Sérgio Guerra.

A capacidade de conciliação interna de Guerra foi o que o possibilitou o atual momento que vive o PSDB, com uma transição sem traumas para consolidar em 2014 o nome do senador Aécio Neves para enfrentar Dilma Rousseff nas eleições deste ano.

Sérgio Guerra não era nem de Minas e nem de São Paulo. Como pernambucano, ele conseguiu a confiança e o respeito de todas as alas tucanas.

Publicado às 10h41.

Foto de Lula e Dilma tenta esvaziar o ‘Volta, Lula’

qua, 05/03/14
por Gerson Camarotti |
| tags ,

 

Imagem foi divulgada no site do ex-presidente (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

A divulgação da foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sorridente ao lado da presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada para tratar de campanha funcionou para mandar uma mensagem ao próprio PT: que os dois estão em sintonia e que não adianta tentar estimular o movimento pelo “Volta, Lula”.

Em setores do PT, ainda é forte o desejo pela substituição de Dilma por Lula na campanha presidencial desse ano. A convenção oficial do partido só acontecerá em junho, mas a ordem no Planalto é esvaziar esses movimentos para evitar surpresas.

No núcleo palaciano, a avaliação é de que as últimas pesquisas consolidaram a candidatura à reeleição de Dilma. Ela aparece em vários cenários com mais de 40% das intenções de voto.

Mas um interlocutor da presidente ressalta que, considerando apenas os votos válidos,  esse índice é superior a 60% das intenções de voto. Ou seja, um cenário de vitória no primeiro turno. “Não faz sentido fazer uma troca nesta situação”, sentenciou esse interlocutor da presidente Dilma.

Publicado às 22h46

PSDB não queria discurso de Azeredo sobre mensalão mineiro

ter, 11/02/14
por Gerson Camarotti |

Antes mesmo de passar mal e decidir adiar seu discurso, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado pelo mensalão mineiro, já vinha sendo pressionado por setores do PSDB a evitar o tema em público. O temor de alguns caciques tucanos é que ao fazer um discurso para negar o escândalo, Azeredo poderia reacender um noticiário incômodo para o partido.

A estratégia de setores da legenda é de tentar evitar polemizar sobre o assunto para não repetir o gesto do PT, que tentou politizar o julgamento do mensalão nos últimos dois anos. O PSDB quer evitar que o julgamento do mensalão mineiro possa prejudicar a candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Na semana passada, a Procuradoria Geral da República pediu 22 anos de prisão para o deputado pelo suposto esquema de desvio de recursos públicos para abastecer sua campanha para o governo de MG em 1998.

Publicado às 17h25

Dilma deixa PMDB em banho-maria na reforma ministerial

seg, 10/02/14
por Gerson Camarotti |

Depois das dificuldades com o PMDB, Dilma Rousseff decidiu colocar as tratativas da reforma ministerial com o maior aliado do governo em banho-maria. A prioridade da presidente passou agora a atender ao PT, que tem, entre outros minist��rios, Direitos Humanos e Desenvolvimento Agrário.

Com o desgaste da semana passada, ela avalia que é preciso esfriar um pouco os ânimos para voltar a negociar o espaço do PMDB na Esplanada.

Outra dificuldade na reforma tem sido o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de onde Fernando Pimentel deve desembarcar em breve. Dilma queria um empresário para o posto, mas o nome de Abílio Diniz é visto com reservas, já que ele se envolveu em recentes disputas pelo controle do Pão de Açúcar.

Como já mostrou o Blog, a dificuldade de encontrar um nome do meio empresarial, com a recusa de Josué Gomes da Silva, levou Dilma a cogitar também o ex-secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa.

Publicado às 16h19

Médica cubana celebra liberdade em Brasília

qui, 06/02/14
por Gerson Camarotti |

Ao Blog, a médica cubana Ramona Matos Rodriguez, que deixou o Mais Médicos para pedir refúgio no Brasil, relata a sensação de liberdade vivida fora de Cuba. Veja o vídeo:

Publicado às 23h02

Depois do PMDB, PTB também desiste de reforma ministerial

qui, 06/02/14
por Gerson Camarotti |

O comando do PTB comunicou agora há pouco ao Palácio do Planalto que desistiu de entrar na reforma ministerial e abriu mão de um cargo no primeiro escalão do governo. Mesmo assim, o partido garantiu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e também diz que vai manter o apoio do governo na Câmara e no Senado.

A decisão foi tomada pela cúpula do partido depois da constatação de que seria um desgaste político ganhar um ministério em troca do apoio à reeleição. “O PTB deixa a presidente Dilma à vontade para tocar a reforma ministerial, mas decidimos abrir mão de ocupar uma pasta. Não ficaria bem para o partido fazer isso”, disse o presidente do PTB, o ex-deputado federal Benito Gama.

Ele era cotado para assumir o Ministério do Turismo no lugar de Gastão Vieira, do PMDB, mas decidiu concorrer a deputado federal pela Bahia e deve deixar o cargo de vice-presidente do Banco do Brasil nos próximos dias. Como antecipou o Blog ontem, a bancada do PMDB da Câmara também liberou Dilma para escolher nomes para o primeiro escalão.

Publicado às 16h09

PMDB da Câmara decide entregar pastas do Turismo e da Agricultura

qua, 05/02/14
por Gerson Camarotti |

Em discursos inflamados que ocorrem neste momento na Câmara dos Deputados, a bancada do PMDB decidiu pela posição de independência do partido, abrindo mão dos ministérios da Agricultura e Turismo. Os atuais titulares, os peemedebistas Antonio Andrade (MG) e Gastão Vieira (MA), devem deixar o comando das pastas para se candidatar nas eleições.

Segundo integrantes da bancada, uma nota já está sendo redigida deixando a presidente Dilma Rousseff “à vontade” para definir os sucessores, “de acordo com as conveniências e eleitorais”.

Segundo o vice-líder do PMDB Danilo Forte (CE), apesar de entregar os cargos, a bancada do partido não fará oposição ao governo no plenário da Câmara. “Não dá para enforcar o Michel [Temer]“, disse Forte, em referência ao vice-presidente. “Mas não precisamos de ministérios que na prática nunca foram nossos”, completou.

Publicado às 17h14

A bancada aprovou neste momento moção de aplauso ao líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), que recusou convite de Dilma para assumir o Ministério da Integração Nacional, em detrimento do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), nome originalmente indicado pela bancada. A estratégia da presidente era atender à solicitação do governador Cid Gomes (PROS-CE) para tirar Eunício da disputa pelo governo cearense.

Atualizado às 17h45

Reunião de Dilma com PMDB leva a impasse na reforma ministerial

seg, 03/02/14
por Gerson Camarotti |

Depois de cinco horas reunida com caciques do PMDB, a presidente Dilma Rousseff não chegou a um acordo para acomodar mais um membro do partido na Esplanada dos Ministérios. O impasse para a reforma ministerial incomoda o principal aliado do governo, confidenciou uma das principais lideranças peemedebistas.

A reunião no Palácio do Planalto começou no fim da tarde com o vice-presidente Michel Temer; depois, no início da noite, entraram na conversa o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o líder do governo na Casa, Eduardo Braga (AM). Até agora há pouco, o presidente da Câmara, Henrique Alves (RN), conversava com Dilma. A bancada da Câmara não aceita perder um ministério; já a bancada do Senado fechou apoio em torno do senador Vital do Rêgo (PB).

Dilma ainda não decidiu se dará mais uma pasta para o PMDB. Com isso, o partido saiu insatisfeito do longo encontro com a presidente.

Publicado às 21h57