Por g1 Petrolina


Univasf Campus Petrolina — Foto: Emerson Rocha / g1 Petrolina

Os servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) iniciaram nesta segunda-feira (29) uma paralisação. O movimento acompanha uma mobilização nacional que reivindica reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária e revogação de normas aprovadas nos governos Temer (MDB) e Bolsonaro (PL).

A decisão do TAEs da Univasf de aderir ao movimento foi tomada durante assembleia da categoria, realizada na quinta-feira (25). A paralisação afeta os campi da Univasf em Petrolina e Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, Juazeiro, na Bahia, e São Raimundo Nonato, no Piauí.

Em nota, a Univasf informou que “reconhece a legitimidade do movimento paredista dos TAEs nacional e localmente e considera justos os pleitos da categoria”.

A Univasf ainda informou que “aguarda a realização de reunião com os representantes do Comando de Greve TAE Univasf o mais breve possível para tratar da manutenção dos serviços essenciais prestados pela Universidade à sociedade”.

O Ministério da Educação (MEC) informou em nota que “segue atento ao diálogo e à negociação conduzida pelo MGI, com participação nas mesas e a busca pelo melhor encaminhamento possível para as demandas de técnicos e professores das universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia. A valorização dos servidores e a resolução célere do impasse interessa ao MEC e a toda sociedade”.

Já o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) enviou a seguinte nota:

“A reestruturação de carreiras na área de Educação é um compromisso prioritário do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Na sexta-feira (19/4) o governo apresentou uma proposta convergente com o relatório do Grupo de Trabalho formado por representantes dos Ministérios da Educação e da Gestão, das universidades e instituições de ensino, além de entidades sindicais representantes dos servidores do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). A proposta prevê a concessão de um reajuste de 9,0% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. A novidade é que os reajustes inicialmente propostos (de 4,5% em maio de 2025 e maio de 2026) foram transformados em uma única parcela de 9% e antecipados para janeiro de 2025 e foi acrescido mais 3,5% em 2026. Isso significa que, somados ao aumento concedido em 2023, de 9%, assegura-se, no mínimo, um reajuste total de 23% para técnicos administrativos e docentes durante o governo Lula. É uma proposta que repõe não só toda a inflação projetada para o período de 2023 a 2026, estimada em torno de 16%, como também uma parcela importante da inflação dos governos passados, que não negociavam e não aportaram nenhum reajuste para o funcionalismo público. O Ministério da Gestão segue aberto ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas”.

Em assembleia realizada no dia 18 deste mês, os professores da Univasf decidiram não aderir à grave nacional.

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