![O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota (Foto: Henrique Porto/G1) O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota (Foto: Henrique Porto/G1)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/DUIv0w8D-GudQWf3b2a0uc7AkA4AQrV3GheZnBWXay1Ioz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/06/20/patriota.jpg)
(Foto: Henrique Porto/G1)
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, minimizou a reação negativa de parte de sociedade com relação ao rascunho do documento final em negociação na Rio+20. Segundo Patriota, que participou de um almoço com a presidente Dilma Rousseff, o presidente francês François Hollande e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na tarde desta quarta (20), num hotel da Zona Oeste do Rio de Janeiro, a intenção do encontro sobre sustentabilidade é justamente dar voz a todos os setores da sociedade.
"O governo brasileiro criou a conferência mais inclusiva da história da ONU. Agora, se você juntar ONGs de 193 países é claro que elas terão dificuldades em encontrar um denominador comum. Por isso é importante entender que o processo intergovernamental é diferente do processo da sociedade civil. Eles se complementam", disse o ministro, que concedeu breve entrevista coletiva após o almoço.
Sobre o encontro com Hollande, Patriota revelou que o almoço transcorreu em clima de "parceria estratégica", que, segundo ele, é a qualificação que se dá para a relação entre Brasil e França. E que, por conta dessa proximidade, brasileiros e franceses conseguiram acordar pontos polêmicos já durante a pré-conferência
"Nos aproximamos gradualmente de posições convergentes. Foi uma satisfação verificar que conseguimos chegar ao entendimento suficiente para que a França se associasse ao documento", ressaltou.
Em relação às questões de cooperação entre os dois países, o ministro citou a colaboração nas áreas de ciência e tecnologia e o apoio que o presidente francês tem dado particularmente ao programa Ciência Sem Fronteiras.
"Falou-se também de cooperação agrícola e de cooperação em energia. Como vocês sabem, a França tem um desenvolvimento muito adiantado em energia nuclear. Poderá haver uma aproximação também neste tema", destacou Patriota, acrescentando que a questão sobre a venda dos 36 caças franceses Rafale para o Brasil não foi citada durante o almoço.