20/06/2012 17h23 - Atualizado em 20/06/2012 17h23

      Ministro das Relações Exteriores minimiza críticas a texto da Rio+20

      Objetivo da conferência é justamente dar voz a sociedade, disse Patriota.
      Ele almoçou com Dilma Rousseff e o presidente da França nesta quarta (20).

      Henrique PortoDo G1 RJ

      O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota (Foto: Henrique Porto/G1)O ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota
      (Foto: Henrique Porto/G1)

      O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, minimizou a reação negativa de parte de sociedade com relação ao rascunho do documento final em negociação na Rio+20. Segundo Patriota, que participou de um almoço com a presidente Dilma Rousseff, o presidente francês François Hollande e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na tarde desta quarta (20), num hotel da Zona Oeste do Rio de Janeiro, a intenção do encontro sobre sustentabilidade é justamente dar voz a todos os setores da sociedade.

      "O governo brasileiro criou a conferência mais inclusiva da história da ONU. Agora, se você juntar ONGs de 193 países é claro que elas terão dificuldades em encontrar um denominador comum. Por isso é importante entender que o processo intergovernamental é diferente do processo da sociedade civil. Eles se complementam", disse o ministro, que concedeu breve entrevista coletiva após o almoço.

      Sobre o encontro com Hollande, Patriota revelou que o almoço transcorreu em clima de "parceria  estratégica", que, segundo ele, é a qualificação que se dá para a relação entre Brasil e França. E que, por conta dessa proximidade, brasileiros e franceses conseguiram acordar pontos polêmicos já durante a pré-conferência

      "Nos aproximamos gradualmente de posições convergentes. Foi uma satisfação verificar que conseguimos chegar ao entendimento suficiente para que a França se associasse ao documento", ressaltou.

      Em relação às questões de cooperação entre os dois países, o ministro citou a colaboração nas áreas de ciência e tecnologia e o apoio que o presidente francês tem dado particularmente ao programa Ciência Sem Fronteiras.

      "Falou-se também de cooperação agrícola e de cooperação em energia. Como vocês sabem, a França tem um desenvolvimento muito adiantado em energia nuclear. Poderá haver uma aproximação também neste tema", destacou Patriota, acrescentando que a questão sobre a venda dos 36 caças franceses Rafale para o Brasil não foi citada durante o almoço.

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