Por France Presse


Exército do Reino Unido recria desembarque de tropas em paraquedas nos 80 anos do Dia D

Exército do Reino Unido recria desembarque de tropas em paraquedas nos 80 anos do Dia D

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou nesta quarta-feira (5) à França para participar das cerimônias de celebração dos 80 anos do Desembarque dos Aliados nas praias de Normandia, o chamado Dia D.

Mas Biden aproveitará a celebração da data, que marca o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, para reforçar os laços com líderes europeus diante da ameaça de vitória nas eleições dos EUA do ex-presidente Donald Trump.

A viagem também servirá para que os líderes do Ocidente façam uma manifestação conjunta de apoio à Ucrânia. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também estará nas celebrações, ao lado do rei Charles III, dos presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Itália, Sergio Mattarella, e dos primeiro-ministros da Alemanha, Olaf Scholz, e do Canadá, Justin Trudeau.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não foi convidado para a cerimônia.

O presidente dos EUA, Joe Biden, desembarca no aeroporto de Orly, no sul de Paris, para participar das celebrações pelos 80 anos do Dia D, em 5 de junho de 2024. — Foto: Evan Vucci/ AP

Biden participará de uma cerimônia nas praias da Normandia na quinta-feira (6) ao lado dos líderes convidados.

Na ocasião, segundo o secretário de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, o presidente dos EUA falará sobre “os perigos do isolacionismo", em referência às relações ruidosas e distantes que Donald Trump manteve com chefes de governo europeu quando foi presidente dos EUA, entre 2017 e 2021.

“Oitenta anos depois, vemos ditadores mais uma vez tentando desafiar a ordem, tentando marchar na Europa”, disse Sullivan, “e as nações amantes da liberdade precisam se unir para se oporem a isso, como nós fizemos”.

Dia D

Em 6 de junho de 1944, o "Dia D", 156 mil soldados e 20 mil veículos chegaram às praias da Normandia, onde os nazistas, que sob as ordens de Adolf Hitler ocuparam a Europa ocidental, não os esperavam.

A operação contribuiu decisivamente para o fim da Segunda Guerra Mundial em território europeu em 1945 com a Alemanha nazista, que estava encurralada entre duas frentes: Atlântico, ao oeste, e União Soviética, ao leste.

Apesar do preço muito elevado que a União Soviética pagou na vitória final -- 27 milhões de mortes, entre civis e militares --, o presidente russo, Vladimir Putin, não foi convidado, por conta da invasão da Ucrânia, iniciada em 2022.

Durante a viagem à França, Zelensky pretende abordar, com Biden e Macron, as necessidades do seu país na guerra. A Ucrânia também será um tema de discussão da visita de Estado do presidente americano, no sábado, a Paris.

'Vencemos a guerra'

Os convidados mais ilustres das cerimônias de recordação do "Dia D" serão os veteranos da Segunda Guerra Mundial: as autoridades francesas aguardam quase 200 combatentes do conflito, com idades que superam 90 anos e, em alguns casos, 100.

"Fico feliz porque vencemos a guerra", disse um deles.

O desembarque das forças aliadas, apoiado por operações aerotransportadas que lançaram tropas de paraquedas diretamente no solo ocupado, foi a maior operação naval da história em número de navios mobilizados e tropas participantes.

O "dia mais longo", como passou a ser conhecido, marcou o início do fim da ocupação nazista da Europa -- mas ainda foram necessários meses de combates intensos e violentos antes da vitória sobre o regime de Hitler.

Celebrações

Durante os três dias de cerimônias, Macron prestará homenagem às vítimas francesas da ocupação nazista, incluindo 70 membros da Resistência Francesa executados pelos alemães na prisão de Caen, na Normandia.

Na quinta-feira, dia do 80º aniversário, os líderes comparecerão a cerimônias nacionais nos cemitérios de guerra da costa da Normandia e a um evento internacional previsto para a praia de Omaha.

Na sexta-feira, Biden fará um discurso em Pointe du Hoc - um promontório no topo de uma falésia cujos bunkers alemães foram atacados pelas tropas americanas em um ataque ousado - sobre a defesa da liberdade e da democracia.

Macron também discursará no mesmo dia em Bayeux, a primeira cidade francesa libertada da ocupação nazista.

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