Por G1


Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em imagem de arquivo — Foto: Peter Nicholls/Reuters

O presidente do Equador, Lenín Moreno, negocia com as autoridades e advogados britânicos para que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deixe a embaixada do Equador em Londres, onde ele está abrigado desde junho de 2012.

Moreno afirmou nesta sexta-feira (27), durante um evento em Madrid, que uma eventual retirada do australiano da representação diplomática teria que ser feita corretamente e com diálogo. Porém, ele não mostrou simpatia pela agenda política de Assange como vazador de documentos confidenciais.

"Jamais fui a favor da atividade do senhor Assange", disse o presidente do Equador.

Moreno, que já descreveu a situação de Assange como "insustentável" e "uma pedra em seu sapato", fez uma visita de três dias a Londres para participar de um encontro.

Quando indagado se conversou com o governo britânico sobre Assange em sua visita ao Reino Unido, Moreno respondeu que os dois países mantêm contato permanente a respeito do assunto. "A única pessoa com a qual nunca conversei é o senhor Assange", acrescentou.

O presidente afirmou ainda que "uma pessoa permanecer muito tempo em isolamento também viola os direitos humanos".

Na segunda-feira (23), uma fonte próxima do criador do Wikileaks afirmou à agência Reuters que o impasse está chegando ao fim, apesar de fontes dos governos britânico e equatoriano minimizarem as insinuações de qualquer ação iminente para isso.

Impasse

O Equador ofereceu asilo a Assange em 2012, quando o australiano corria o risco de extradição para a Suécia para ser interrogado sobre supostos assédios sexuais que teria cometido no país.

Essas alegações já foram retiradas, mas Assange seria preso pela polícia britânica se deixasse a embaixada por violar condições de fiança.

O australiano acredita que essa prisão levaria a sua extradição para os Estados Unidos por causa da publicação de uma série de segredos diplomáticos e militares norte-americanos no site do WikiLeaks.

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