Por Rafaela Palieraqui*, g1 MS


Família ribeirinha é resgatada pelos bombeiros em área de incêndio no Pantanal

Família ribeirinha é resgatada pelos bombeiros em área de incêndio no Pantanal

Equipe do Corpo de Bombeiros que combate os incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul resgatou nesta sexta-feira (14), de barco, uma família de ribeirinhos que estava cercada pelas chamas. Com medo do fogo, eles haviam pedido socorro e aguardavam por auxílio na margem esquerda do rio Paraguai. Confira acima nas imagens.

Após o resgate, os bombeiros levaram a família até Corumbá e retornaram ao local para dar prosseguimento ao combate a fogo. Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontam que até essa sexta-feira (14) haviam sido atingidos por incêndios florestais 433,7 mil hectares em todo o bioma do Pantanal, considerando Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Somente em Mato Grosso do Sul, o LASA destaca que foram destruídos 296,5 mil hectares, o equivalente a uma área quase duas vezes do tamanho da cidade de São Paulo, que é de 150 mil hectares, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Área queimada no Pantanal ultrapassou de 400 mil hectares em MS e MT

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Levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revela que nas últimas 48 horas, quatro cidades da região pantaneira, sendo três em Mato Grosso do Sul, registraram o maior número de focos de calor do país, sendo o maior número em Corumbá. Veja os dados abaixo:

  1. Corumbá: 244
  2. Porto Murtinho: 95
  3. Poconé (MT): 54
  4. Aquidauna: 32

Somente em junho foram registrados 1.120 focos no bioma, sendo 901 focos, em Mato Grosso do Sul, e 219 focos em Mato Grosso.

Veja também:

Rio Paraguai

Rio Paraguai enfrenta seca — Foto: TV Morena/Arquivo

Conforme as informações do Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Paraguai, feito pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), nesta sexta-feira (14), o nível do rio Paraguai, a principal bacia do Pantanal, está 3,10 metros abaixo da média, em referência ao mês de junho, em Ladário.

"No começo deste ano, os níveis estavam muito baixos e a estação chuvosa foi toda muito fraca. A situação pode ficar mais grave entre setembro e outubro", disse o pesquisador responsável pelo boletim.

*Estagiária sob supervisão de Anderson Viegas

Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

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