Por Gabriel Reis, g1 Triângulo — Uberlândia


Roberto Emídio Pereira — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Roberto Emídio Pereira, de 52 anos, é o policial militar reformado suspeito de ter estuprado pelo menos três crianças de uma mesma família em Brasília e em Goiás. Ele é solteiro e tem um filho de 24 anos.

Segundo a Polícia Federal (PF), o policial estava foragido desde agosto de 2023 e foi encontrado sozinho no apartamento do filho dele no Jardim Brasília, em Uberlândia, na quarta-feira (12).

A prisão foi realizada com o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) e o Grupo de Capturas da Polícia Federal. Ele era considerado de alta periculosidade pela PF.

Militar reformado é preso em Uberlândia suspeito de estuprar crianças

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'Tio', religioso e amigo da família

Roberto e o pai das crianças se conhecem desde 1991, quando serviram o serviço militar obrigatório no Distrito Federal. Segundo o amigo, o policial reformado nasceu e viveu em Pires do Rio (GO), se mudando em seguida para Uberlândia, onde ingressou na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).

Até a data do crime, Roberto Emídio estava na reserva remunerada da PM e fazia parte de um moto clube de agentes da segurança pública, em Águas Claras (DF). Conforme o pai das vítimas, ele também se mostrava muito religioso e fazia parte de uma igreja evangélica em Uberlândia.

De acordo com o delegado da PF, Felipe Garcia, o policial ainda se aproveitava da religiosidade para criar uma falsa reputação de bom homem e se aproximar das famílias das crianças abusadas.

Roberto mantinha uma imagem de homem tradicional e explorava do cargo na polícia para ganhar a confiança das pessoas. Ele se aproveitava dos momentos que ficava sozinho com as vítimas para cometer os abusos.

O policial reformado responde pelos crimes de estupro de vulnerável e ameaça.

O crime

Policial militar reformado Roberto Emídio Pereira preso em Uberlândia — Foto: Divulgação

Em fevereiro de 2023, um amigo de Roberto há mais de 30 anos, denunciou à Polícia Militar que o filho de 10 anos havia sido abusado sexualmente pelo policial durante uma viagem que fizeram juntos para Caldas Novas (GO).

Segundo a família, eles convidaram Roberto para o passeio e ficaram hospedados no mesmo apartamento. Durante a estadia em Caldas Novas, o policial reformado e o menino de 10 anos dormiram na sala, sendo a criança no sofá e Roberto em um sofá-cama.

Em depoimento, o menino relatou que dormia quando sentiu o "tio Roberto" deitar ao lado, abaixar o short e cometer o abuso. A criança contou, ainda, que após o ocorrido precisou ir ao banheiro se limpar diversas vezes devido a um líquido nas nádegas.

Após a criança contar para os pais sobre o ocorrido, a filha mais velha do casal, de 17 anos, também afirmou que era abusada pelo policial desde os 10 anos e que "não era mais virgem". Em seguida, a outra filha do amigo, de 14 anos, disse ter sido abusada algumas vezes por Roberto.

O advogado de defesa, Deiber Magalhães Silva, informou que há um recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo a revogação do mandado de prisão.

Por ser policial militar reformado, ele foi levado e preso no batalhão da PM em Uberlândia.

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