São João 2024

Por g1 MA — São Luís


A edição do "Bumba, nosso boi" vai ganhar uma nova versão, com mais recursos de acessibilidade, como braile e Libras, para inclusão de pessoas surdas na leitura da obra. — Foto: Divulgação

O autor maranhense Diego Freire fará uma leitura pública do livro “Bumba, nosso boi”, no próximo sábado (29), a partir das 16h, na Livraria da Associação Maranhense de Escritores Independentes (AMEI), no São Luís Shopping.

O livro, que está sendo preparado para ganhar uma nova edição, com mais recursos de acessibilidade, como braile e Libras, para inclusão de pessoas surdas na leitura da obra, é uma homenagem à tradição do Bumba Meu Boi do Maranhão, voltado a todos os públicos.

A entrada no evento é gratuita, porém limitada às vagas que o espaço pode comportar. Durante o evento, o autor fará uma leitura pública da obra, seguida por uma roda de conversa com o público que deve começar a partir das 16h.

A livro foi originalmente lançado em 2016, na Bienal de São Paulo, chegando a ser adotado por escolas públicas e privadas em três regiões brasileiras e até adaptado ao teatro. A nova edição terá distribuição gratuita em espaços que se dedicam ao acolhimento de crianças com deficiências.

A obra conta a história de um boizinho, que teve sua língua devorada por Catirina para dar origem a um dos maiores folguedos da cultura brasileira, o auto do bumba-meu-boi. De acordo com o autor Diego, formado em Comunicação pela Universidade Federal do Maranhão (Ufma), a obra chama a atenção desse público fora do Maranhão pelo enredo da história e pelos mistérios que a cercam.

Na nova história, o boizinho sofre com a discriminação dos demais bichos da fazenda onde vide, por passar a falar diferente, mas encontra amparo em outros personagens que passaram por algo semelhante, como o Saci, o Curupira e a Mula sem Cabeça.

“Na minha infância no Maranhão, eu frequentava os arraiais e adorava ver o boi dançar, mas me perguntava se ele não estaria triste por não ter mais sua língua. Afinal, o pai Francisco a cortou para dar a Catirina, que estava grávida e não podia ter seu desejo ignorado”, disse Diego.

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