O incêndio no Pantanal sul-matogrossense compromete a visibilidade nas estradas e representa uma ameaça à cidade de Corumbá
O fogo no Pantanal sul-matogrossense comprometeu a visibilidade nas estradas e agora representa uma ameaça à cidade de Corumbá. Os repórteres Malu Mazza e William Santos mostram como está a situação por lá.
O céu fechado parece ser de chuva, mas é fumaça das queimadas. Ao longo da BR-262, são vários pontos com fogo alto e floresta em chamas. A estrada liga Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, à cidade de Corumbá, que fica às margens do Rio Paraguai e próxima à fronteira com a Bolívia.
Na tarde desta segunda-feira (24), a equipe do Jornal Nacional rodou 220 km. Os dois lados da pista têm focos de incêndio, o que deixa a estrada coberta pela fumaça, com pouca visibilidade em alguns trechos.
São vários focos de incêndio, um próximo do outro, que consomem a vegetação rasteira na beira da rodovia e chegam até as árvores. Por onde o fogo já passou, tudo está em cinzas e, como tem muita fumaça, não se sabe quando o fogo pode recomeçar.
Focos de incêndio na beira da estrada em MS e fumaça densa — Foto: JN
A área mais atingida é no trecho que percorre o município de Corumbá, a partir do quilômetro 660 da rodovia. A fumaça domina a paisagem.
Durante o trajeto pela estrada, a equipe do JN encontrou uma viatura do Corpo de Bombeiros e também carros da Polícia Rodoviária Federal. O bombeiro explicou que as equipes trabalharam no controle do fogo na área durante a noite toda deste domingo (23) e que agora monitoram os focos que recomeçam a surgir.
"Aqui perto da estrada é perigoso também. A fumaça, as brasas que ficam. A gente tem que fazer esse monitoramento também nas rodovias aqui, né? Para prevenir acidentes", afirma o subtenente do Corpo de Bombeiros Elianderson Duarte.
Cercados pelo fogo, alguns animais tentam fugir para a pista, onde também correm riscos. Ao longo da rodovia, a equipe do Jornal Nacional viu alguns queimados e atropelados.
